Dono de arsenal no ABC pode ser líder de ataque a carro-forte
Léo Arcoverde
do Agora
A Polícia Civil investiga a ligação do suposto dono das munições e fuzil AR 15, apreendidos na última sexta em Mauá (ABC), com o roubo a um carro-forte em Araras (168 km de SP), em novembro passado. Na ocasião, o empresário Ivo Zanatto Miranda, 59 anos, morreu ao ser atingido por um tiro de metralhadora.30 disparado por assaltantes contra um veículo da transportadora de valores Prossegur.
Segundo a polícia, as 1.468 munições de fuzis e metralhadoras, de sete diferentes calibres, incluindo duas armas usadas para derrubar helicópteros e aviões, foram encontradas na casa do operador de máquinas J.G.S., 35 anos. Ele seria, ainda de acordo com investigadores, genro de Cláudio Maia dos Santos, 38 anos, o Gordo, preso desde dezembro num presídio de segurança máxima em Contagem, Minas Gerais.
Santos é acusado pela Polícia Civil mineira de fornecer armas e de ser um dos mentores de vários assaltos a bancos naquele Estado e no Nordeste. Ele cumpre pena, segundo o delegado José Rosa Incerpi, de Mauá, por envolvimento num roubo a banco ocorrido em 2008, em Varginha, interior de Minas. "Policiais de Minas já nos informaram que, quando houve esse roubo aos carros-fortes em Araras, o Gordo, que era rastreado por gravações telefônicas autorizadas pela Justiça, estava naquela região", diz Incerpi.
Santos foi preso em Sapopemba (zona leste de SP) há cerca de um mês e meio, segundo a polícia. Em depoimento, seu genro afirmou que guardava o armamento havia apenas dois dias em casa em troca de dinheiro --ele não informou o valor. A reportagem não localizou ontem os advogados dos acusados.
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