Juiz solta seis PMs suspeitos de mortes
Folha de S. Paulo
O juiz Gabriel Pires de Campos Sormani, de Itapecerica da Serra (Grande SP), determinou a libertação de seis dos 15 PMs presos sob a suspeita de integrar o grupo de extermínio "Highlanders".
Para o juiz, não há mais necessidade de manter esses PMs presos na fase da investigação policial. O magistrado atendeu ao pedido de revogação da prisão temporária feito pelos advogados de três PMs e estendeu o benefício a outros três policiais e um comerciante.
Ao todo, os 15 PMs e o comerciante são investigados por pelo menos 12 mortes em 2008, mas nem todos os 15 estão ligados a todos os crimes. Cinco vítimas foram decapitadas e por isso o grupo é chamado de "Highlanders".
Um dos decapitados foi o deficiente mental Antonio Carlos Silva Alves, 31 anos, que foi visto pela última vez em 8 de outubro, quando era colocado em um carro da Polícia Militar.
Ontem, a Promotoria denunciou à Justiça os quatro PMs que estavam no carro.
"Os réus, que são PMs, desonraram a corporação, e, fardados, executaram pessoa portadora de necessidades especiais", escreveram os promotores Salmo Mohmari dos Santos e Marcos de Matos na denúncia.
Os promotores pediram a decretação da prisão preventiva (que pode durar até a conclusão do processo) dos quatro PMs, já presos temporariamente desde janeiro. Além deles, outros cinco PMs continuam presos.
O advogado José Miguel da Silva Júnior, defensor dos PMs denunciados pela morte de Carlinhos, afirmou que seus clientes "negam veementemente o crime". Para ele, "a investigação contra os quatro tem muitas falhas"
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