EUA, França e Reino Unido iniciam ação na Líbia

A coalizão formada por EUA, França e Reino Unido iniciou ontem a operação militar contra as forças do ditador Muammar Gaddafi para impor uma zona de exclusão aérea na Líbia e deter a ofensiva contra os rebeldes líbios.

O primeiro ataque foi realizado por volta das 13h45 (horário de Brasília) por um caça da Força Aérea francesa e atingiu um veículo militar líbio nos arredores de Benghazi, capital dos rebeldes que recebia ameaças de Gaddafi.

Em poucas horas, a operação foi reforçada pelos disparos de embarcações americanas e de um submarino britânico no mar Mediterrâneo.

O Departamento de Estado dos EUA disse que foram disparados mais de 110 mísseis de cruzeiro Tomahawk contra ao menos 20 alvos da defesa líbia perto de Trípoli.

A França colocou em operação 20 aviões militares para patrulhar área de 100 km por 150 km em Benghazi. EUA e Reino Unido não haviam realizado ações aéreas até o fechamento da edição.

Participam ainda da coalizão pelo menos Canadá e Itália. Os árabes Qatar e Emirados Árabes Unidos também deverão participar de ações.

A imposição da zona de exclusão aérea foi aprovada na quinta no Conselho de Segurança da ONU, após uma escalada no conflito e a perspectiva de um massacre contra os opositores. O texto aprovado não prevê invasão por terra.

Os ataques só tiveram início, no entanto, após Gaddafi ignorar o ultimato feito pelas potências na véspera para que os ataques aos rebeldes cessassem imediatamente.
Os ataques americanos à Líbia foram autorizados pelo presidente Barack Obama durante sua visita ao Brasil.

O americano disse que "o uso da força não é a primeira opção. Mas não podemos ficar parados quando tiranos dizem ao próprio povo que não haverá piedade".

Gaddafi afirmou que vai armar civis para defender o país do que qualificou de agressão "colonial". "É necessário agora abrir os depósitos e fornecer às massas todos os tipos de armamento para defender a Líbia", disse, em comunicado na TV estatal.

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