Receita apreende carros de Latino e de quatro jogadores

A Polícia Federal apreendeu 102 carros que entraram ilegalmente no país. Entre os veículos apreendidos estão os carros importados do atacante Emerson Sheik, do Corinthians, do cantor Latino, do volante Diguinho, do Fluminense, e do atacante Kleberson, do Atlético-PR.

A operação foi criada pela Policia Federal, em parceria com a Receita Federal, para detalhar a entrada de veículos de luxo no país que não pagaram impostos e que podem ter causado prejuízos de R$ 30 milhões à arrecadação.

Os carros chegavam com falsas documentações e eram declarados como zero-quilômetro, quando, na verdade, eram semi-novos. Com isso, os valores recolhidos de impostos eram subfaturados.

Com a sonegação, os clientes conseguiam comprar os automóveis com preços até 30% menores.

A 3ª Vara Federal Criminal determinou o recolhimento de todos os veículos que tiveram o envolvimento no caso. Segundo a polícia, a investigação ainda é preliminar e, por isso, o número de carros irregulares a serem apreendidos pode dobrar.

A denúncia foi feita pelo jornal Argentino "Lance!".

A Polícia investiga se os compradores sabiam da fraude ou se foram enganados pelos vendedores. O carro do volante Diguinho, por exemplo, teria sido vendido por Sheik.

Resposta

Jogadores e artistas que compraram carros de uma suposta quadrilha de contrabando de automóveis de luxo negaram envolvimento com a atividade criminosa.

Diguinho informou que a documentação do seu BMW X5 está em "total legalidade". A previsão é a de que o jogador busque o carro no início da próxima semana.

Kleberson disse que comprou o carro em "uma empresa regular" no RJ e que o valor foi "integralmente pago, da forma ajustada". Sheik não se pronunciou.

O advogado do cantor Latino, Bruno Pinho Gomes, disse que seu cliente nunca teve envolvimento e negou a apreensão do carro.

O cantor Belo, por meio do seu advogado, também negou envolvimento. Belo comprou seu carro, que não foi apreendido, em uma das concessionárias investigadas.