Presos policiais suspeitos de matar o garoto Juan

RIO -- Os quatro policiais militares suspeitos de envolvimento na morte e na ocultação do corpo do menino Juan Moraes, 11 anos, foram presos ontem. Os PMs foram levados para o Bepe (Batalhão Especial Prisional), em Benfica, na zona norte do Rio.

• Advogado analisará pedido

A prisão temporária dos cabos Edilberto Barros do Nascimento e Rubens da Silva, e dos sargentos Isaías Souza do Carmo e Ubirani Soares foi decretada na quarta-feira à noite pela Justiça do Rio.

O grupo de policiais foi indiciado sob suspeita de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Antes de seguirem para o Bepe, os policiais fizeram exame de corpo de delito no Hospital Geral da PM, no Estácio, na zona norte.

Na quarta-feira, o delegado Ricardo Barbosa, responsável pelas investigações do caso, disse que Juan foi morto com um tiro no pescoço, disparado por policiais militares.

Segundo Barbosa, a perícia constatou que não houve troca de tiros entre PMs e suspeitos, como haviam informado em seus depoimentos os policiais envolvidos no caso. Todas as balas disparadas vieram de armas dos policiais.

Juan morreu em 20 de junho. Ele voltava para casa, na favela Danon, em Nova Iguaçu, com o irmão de 14 anos, quando encontrou com os policiais que supostamente perseguiam traficantes.

O corpo do garoto só foi encontrado dez dias depois, às margens de um rio a cerca de 18 quilômetros do local da ação policial.

Leia mais

• Cápsulas em favela são da PM
• PMs entram em contradição sobre a morte do menino Juan
• Corpo do garoto Juan é enterrado no Rio
• Polícia confirma que corpo achado no Rio é o do menino Juan