Vice nega todas as acusações

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) negou que tenha recebido qualquer tipo de propina, disse que nunca teve relações próximas com o ex-presidente da Codesp Marcelo de Azeredo e afirmou que não é possível provar que as iniciais "MT" sejam referência ao seu nome.

• Temer é investigado no STF por suspeita de receber propina

Por meio de sua assessoria, Temer apresentou cópia de um parecer do então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, de novembro de 2002.

O texto determina o arquivamento de um processo administrativo --anterior à fase de inquérito-- que havia sido aberto pela Procuradoria Regional da República da 3ª Região em 2001.

Assim como o inquérito policial instaurado em 2006 pela Polícia Federal e que agora tramita no STF, esse processo administrativo também teve origem nos documentos que constavam da
ação de dissolução de união estável movida por Érika Santos contra Marcelo de Azeredo.

Em seu parecer, Geraldo Brindeiro afirmou que "em processos de família e união estável os ânimos exaltados das partes muitas vezes geram afirmações inverídicas". O então procurador-geral declarou que o nome de Temer foi envolvido "sem prova alguma".

Outro argumento que Michel Temer usa em seu favor é a desistência de Érika da ação que movia contra Azeredo, na qual ela cobrava pensão mensal de R$ 10 mil.

A ação foi encerrada, a pedido dela, um mês antes da publicação de uma reportagem sobre irregularidades no porto, em março de 2001, pela revista "Veja".