Mulher sufocou filha do amante por 8 minutos, diz polícia

RIO - Luciano Zahar, delegado-adjunto da 60ª DP (Campos Elíseos), no Rio, deu detalhes do depoimento de Luciene Reis, acusada de matar a menina Lavínia Azeredo, seis anos, em um quarto de hotel de Duque de Caxias, na segunda-feira. Luciene era amante de Rony dos Santos Oliveira, pai da criança.

De acordo com Zahar, Luciene teria dito que usou uma toalha para abafar os gritos da criança e utilizou um travesseiro para sufocá-la durante oito minutos. Ao observar que a menina ainda tinha espasmos, Luciene resolveu asfixiá-la com o cadarço do tênis da garota.

O depoimento de Luciene, anteontem, durou quatro horas e só terminou depois que ela confessou o crime, segundo Zahar. A polícia apresentou ontem o cadarço, a toalha, o par de tênis e a roupa que Lavínia usava no dia em que foi assassinada. O material foi enviado para análise.

De acordo com o delegado-adjunto, Luciene poderá responder por homicídio triplamente qualificado e não mais por sequestro seguido de morte, caso haja a comprovação de que ela tinha a intenção de matar a vítima desde o começo. A previsão da Polícia Civil é finalizar o inquérito em até 30 dias.

Enterro

O enterro da menina Lavínia Azeredo foi marcado ontem por tumulto e protestos contra Luciene. Sob aplausos e em clima de comoção, cerca de 400 pessoas se despediram da criança em um cemitério de Duque de Caxias. Após o enterro, um grupo organizou um protesto na porta do cemitério, aos gritos de "justiça".

Segundo o delegado Robson Costa, da 60ª DP (Campos Elíseos), o crime pode ter sido motivado por dinheiro. Luciene sabia que o pai de Lavínia tinha cerca de R$ 2.000 em casa, provenientes da venda de um carro.

Costa diz que Luciene pode ter sequestrado a menina depois de ter sido vista por ela na casa, em busca do dinheiro. A reportagem tentou localizar os advogados de Luciene, mas eles não foram encontrados até a conclusão desta edição.

Leia mais

• Amante de pai de menina confessa crime