Dilma anuncia Padilha para comandar a Saúde

BRASÍLIA - A presidente eleita, Dilma Rousseff, anunciou ontem a indicação de sete novos ministros de seu governo. Mais dois ministros do presidente Lula continuarão no governo: no Ministério da Saúde, foi confirmado o médico infectologista Alexandre Padilha (PT), que hoje é da Secretaria das Relações Institucionais. Orlando Silva (PC do B), atual ministro do Esporte, continuará no mesmo cargo.

A artista Ana de Hollanda, irmã do compositor Chico Buarque, foi indicada para o Ministério da Cultura.

Outras duas mulheres foram anunciadas ontem: a socióloga Luiza Bairros, para a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; e Tereza Campelo, economista e mulher do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, para o Ministério do Desenvolvimento Social. Ambas são filiadas ao PT.

Para as Cidades, o indicado é Mário Negromonte (PP). O atual advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams,continuará no cargo.

Dilma ainda precisa confirmar os ministros da CGU (Controladoria-Geral da União), da Integração Nacional, dos Portos, do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Relações Institucionais e do Desenvolvimento Agrário. A expectativa é a de que isso ocorra até amanhã.

Orçamento

Com a confirmação de Padilha, o PT tem a maior fatia das verbas orçamentárias no futuro governo. Com ele na Saúde, o partido tem o segundo maior orçamento da Esplanada, perdendo apenas para Educação, também do PT.

Se permanecer com o número de pastas definidas até agora, o partido da presidente eleita passará a ter, a partir de janeiro, R$ 56 bilhões para despesas sobre as quais os ministros têm poder de decisão --gastos obrigatórios e com pessoal são excluídos.

É a maior fatia entre os partidos aliados. Os recursos do PMDB, que no governo Lula empatam com o PT, cairão para R$ 25,4 bilhões. Enquanto o PMDB perderá cerca de 35% dos recursos, o PT crescerá 34%.