Relator do mensalão condena Dirceu, Genoino e Delúbio

Brasília - O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, apontou ontem o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como o "mandante" do esquema e o condenou por corrupção ativa.

A pena prevista é de 2 a 12 anos de prisão.

O ministro também condenou pelo mesmo crime o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares, o empresário Marcos Valério de Souza e mais quatro pessoas ligadas a ele -- Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino e Simone Vasconcelos.

Barbosa absolveu Geiza Dias, assistente de Valério, e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, acusado de negociar repasses para o PTB.

José Dirceu, homem forte do primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006), deixou o comando da Casa Civil em junho de 2005, dias após o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) ter revelado a existência do mensalão.

Resposta

No dia de seu julgamento pelo STF, o ex-ministro José Dirceu acusou a oposição --em especial José Serra --de uso eleitoral do mensalão.

Isolado num condomínio em Vinhedo (SP), ele evitou se manifestar sobre o processo no blog que publica diariamente, dedicando-se a temas como eleições.

Mas, ao abordar a corrida municipal, ele disse que o julgamento é uma "obsessão" de Serra.

"É uma utilização que começou com José Serra, candidato tucano a prefeito de São Paulo, que fez do tema indevido sua mais recente obsessão.

José Genoino, Delúbio Soares e os outros réus negam que tenham cometido crimes.

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