Empresário muda versão para venda da casa de Perillo

Brasília - O empresário Walter Paulo Santiago apresentou ontem à CPI do Cachoeira uma nova versão para a nebulosa venda de uma casa pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

O empresário afirmou ter comprado o imóvel por R$ 1,4 milhão em dinheiro vivo, entregue em pacotes com notas de R$ 50 e R$ 100 a um assessor direto do governador tucano.

Essa é a quarta versão apresentada na CPI para a negociação da casa, que foi onde o bicheiro Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em 29 de fevereiro.

A versão de ontem junta-se à apresentada por Perillo, à sustentada pelo ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez, suposto intermediário da compra e articulador político do grupo de Cachoeira, e à da PF. Todas diferem entre si.

Dono de uma faculdade em Goiânia, Santiago disse ontem na CPI ter feito o pagamento em espécie a Lúcio Fiuza, assessor de Perillo, em julho do ano passado. Com Fiuza, que representaria Perillo, estaria Garcez.

"Eu paguei em dinheiro, e não sei nada de cheques."

Segundo o governador, a transação foi feita com Santiago, por intermédio de Garcez, e o pagamento ocorreu meio de três cheques no total de R$ 1,4 milhão.

Os cheques descontados pelo governador foram emitidos pela empresa Excitant Confecções Ltda, de uma cunhada de Cachoeira.

Em depoimento à CPI, Garcez fez outro relato. Ele afirmou ter sido o comprador da casa. E que pegou cheques emprestados com o grupo de Cachoeira.

A Polícia Federal diz que o comprador da casa foi Carlinhos Cachoeira.