Cunha recebia para ajudar empresários, diz procuradoria

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), apoiou duas alterações no texto final de uma medida provisória de 2013 que acolheram pedidos feitos pela Construtora Norberto Odebrecht.

O lobby da empreiteira junto ao parlamentar, que na época era o relator da MP, foi revelado na petição protocolada no STF na última quarta-feira pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que tenta afastar Cunha da presidência.

Para o procurador-geral, Cunha "atuava como 'longa manus' [executor de ordens] dos empresários, interessados em fazer legislações que os beneficiassem, em claro detrimento do interesse público. E Eduardo Cunha recebia valores, seja por doações oficiais, para si ou para os deputados que o auxiliavam (também este o motivo pelo qual possui tantos seguidores), ou por meio de pagamentos ocultos".

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Resposta
Um dos advogados de Eduardo Cunha, Alexandre Souza, disse que a defesa ainda não foi intimada sobre o pedido de afastamento e, por isso, não poderia se manifestar.

A Odebrecht informou que não poderia se manifestar sobre "mensagens trocadas por terceiros e desconhece as tratativas sobre o assunto".

A Andrade Gutierrez disse que não iria se manifestar.

Procurada pela reportagem, a assessoria do Ministério da Fazenda não se pronunciou até o fechamento desta edição.