Mensaleiros violam regras do regime semiaberto

Brasília - Condenados no mensalão autorizados a sair da cadeia para trabalhar foram vistos burlando normas da Justiça do Distrito Federal para fazer contatos políticos, ir à igreja, encontrar familiares e passar em lanchonete.

Por três semanas, a reportagem acompanhou a rotina de presos que deixam pela manhã o CPP (Centro de Progressão Penitenciária) para trabalhar e voltam à noite.

Estão nesta situação o ex-deputado e ex-presidente do PR Valdemar Costa Neto, o ex-tesoureiro do PR Jacinto Lamas e o ex-deputado Bispo Rodrigues. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi autorizado a trabalhar, mas suas atividades estavam suspensas à época em que a reportagem observou os réus.

Resposta

Brasília - O advogado de Valdemar Costa Neto, Marcelo Bessa, disse que não tinha conhecimento da ida do ex-deputado ao drive-thru do McDonald's ou da visita do líder do PR.

Para Bessa, o encontro deveria ser relativo ao pagamento da multa imposta ao seu cliente pelo mensalão.

Bernardo Santana, num primeiro momento, negou ter ido ao restaurante onde Valdemar trabalha. Quando a reportagem falou que havia foto dele deixando o local, ele admitiu a visita.

O deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) admitiu duas visitas a Valdemar na hora do almoço. O dono do restaurante onde Valdemar trabalha não foi localizado.

O advogado de Jacinto Lamas, Délio Lins e Silva, afirmou que "não há problema nenhum no fato dele [Lamas] encontrar com a mulher" e sobre sua ida à igreja. A mulher de Lamas não quis comentar o encontro.

• Leia esta reportagem completa na edição impressa do Agora nesta terça, 1º de abril, nas bancas

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