Dilma terá reunião com a Fifa, mas deixa CBF de fora

Depois de ir contra alguns interesses da Fifa na Lei Geral da Copa, a presidente Dilma Rousseff sentará à mesa com a entidade para dialogar sobre a organização da Copa do Mundo de 2014.

O ministro do Esporte, Orlando Silva, confirmou ontem o encontro com representantes da Fifa em breve, mas não deu data nem nome de quem deve participar.

Silva evitou falar sobre o afastamento de Dilma com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, que mantinha boa relação com o ex-presidente Lula, mas sequer é recebido pela atual presidente.

Questionado, Silva limitou-se a dizer que o governo tem "mantido uma relação institucional, harmoniosa e positiva com a Fifa".

O ministro também procurou minimizar a polêmica envolvendo a Lei Geral da Copa, já que a entidade entende que o texto não defende suas receitas com ingressos, patrocínios e televisão, por exemplo.

"Evidentemente que o mundial da Fifa tem suas especificidades, mas estamos esperando essa conversa para trabalhar de forma harmoniosa, entre os governos e a entidade", afirmou.

Governo e Fifa divergem em pontos como a meia-entrada para estudantes e idosos e no desejo de que emissoras que não possuem o direito de transmissão do torneio possam passar 3% do tempo total dos jogos.

Orlando Silva pediu ontem ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), agilidade na votação da Lei Geral da Copa. Silva pediu a instalação de uma comissão especial sobre o assunto para acelerar os trâmites do projeto, com objetivo de votá-lo na Câmara e no Senado ainda neste ano.

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