Blatter é reeleito e muda a escolha de sedes da Copa

ZURIQUE -- Há 13 anos na presidência da Fifa (Federação Internacional de Associações de Futebol), Joseph Blatter foi reeleito sem oposição para cumprir mandato até 2015. O suíço aprovou reformas na entidade máxima do futebol sem alterar sua estrutura ou se abrir a influências externas.

Apesar de nenhum dos membros da Fifa envolvidos em irregularidades ter sido expulso até agora, o dirigente defende que essas medidas acabam com a crise de corrupção na entidade.

Encerrou a "tormenta no barco" sem nenhuma investigação externa dos casos de compra de votos na eleição para presidente e para as sedes das Copas 2018 e 2022.

"Entramos em uma nova era de transparência e controle da Fifa. Foi a mensagem de todas as associações", disse Blatter, que, na entrevista, mostrou a nova "transparência": só respondeu a dez questões previamente selecionadas pelos assessores.

A principal mudança anunciada por ele foi repassar a votação sobre as sedes dos Mundiais ao Congresso da Fifa, com 208 federações. O Comitê-Executivo, que antes decidia sozinho, fará um corte inicial nos candidatos.

Foi nessa eleição para presidente, conduzida no congresso, que o opositor de Blatter, Mohamed bin Hammam, foi acusado de comprar votos.

Outra medida é o fortalecimento do Comitê de Ética. Passará a atuar dividido como uma promotoria e juízes. E será eleito pelo congresso --hoje, Blatter é o responsável por escolher os membros.

Blatter anunciou ainda a criação de um comitê de soluções com pessoas de fora da Fifa, como o político americano Henry Kissinger e o ex-jogador Cruyff. Só que ambos já têm ligação com a entidade, em homenagens e eventos.

A posição de Blatter é quase consenso na Fifa. Foi reeleito com 186 votos, de um total de cerca de 200.

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