Alonso desbanca a Red Bull, mas não fica empolgado

MÔNACO -- Ir bem em Mônaco é motivo de orgulho para qualquer equipe da F-1. Para a Ferrari, então, um bom resultado neste final de semana traria uma satisfação especial.

Mergulhada em uma crise que culminou com a queda de seu diretor técnico, Aldo Costa, na última segunda-feira, a equipe tem, na corrida do Principado, o seu ponto fraco.

De todos os circuitos deste ano, em nenhum o desempenho da Ferrari é tão inferior ao de suas adversárias como nas ruas de Montecarlo.

Em 57 provas já realizadas, a escuderia de Maranello só venceu em oito ocasiões --aproveitamento de 14%. A McLaren, maior vencedora no circuito, tem 15 triunfos.

A única outra pista em que algo parecido acontece é em Hungaroring, mas, mesmo assim, os números ferraristas são superiores. Em 25 provas, foram cinco triunfos da escuderia (20% de aproveitamento), contra nove da McLaren e sete da Williams.

Para piorar o cenário, a última vez em que uma Ferrari recebeu a bandeirada na primeira colocação no Principado foi há exatos dez anos, com Michael Schumacher.

"É difícil explicar porque historicamente não temos um bom desempenho aqui", disse ontem Felipe Massa.

"Mas acho que o importante é que, neste ano, já mostramos desde o início ter um carro mais competitivo do que nas outras pistas até agora", completou Massa, sexto nos treinos livres de ontem --hoje, tradição em Mônaco, o dia é de folga.

O melhor tempo do dia ficou com seu companheiro, o espanhol Fernando Alonso, que marcou 1min15s123, 0s105 a menos que Lewis Hamilton, o segundo de ontem.

"Temos consciência de que os carros não mudaram muito em quatro dias, mas, desde o treino da manhã, eu me senti confiante", disse Alonso.

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