Bruno afirma que Eliza deixou filho com amigo

RIO -- O caso Bruno ganha novos detalhes e versões a cada dia. Ontem, o goleiro do Flamengo, investigado pelo desaparecimento de Eliza Samudio, 25 anos, sua ex-namorada, falou pela primeira vez sobre o assunto. Apesar do ar sereno durante as respostas, Bruno deixou claro o quanto está sendo complicado este período, tanto para ele, quanto para sua família.

O jogador, ao menos nas palavras, demonstrou grande preocupação pelo fato de Eliza estar desaparecida e afirmou que a encontrou pela última vez há cerca de dois ou três meses. Bruno esclareceu ainda que Eliza deixou o filho, de quatro meses, com um dos funcionários de seu sítio porque teria que resolver problemas particulares.

"Quero que ela apareça logo e que a gente possa voltar a conversar e ser feliz outra vez. Porque está difícil. É constrangedor isso para mim e meus familiares. Eu deixo nas mãos de Deus. Ele sabe o que faz. A última vez que eu a vi faz uns dois ou três meses, foi quando conheci a criança. Estou torcendo para que ela apareça e que possamos acabar com isso logo. Vi a entrevista do pai dela e, assim como ele e como todos, estou na torcida por ela", disse Bruno.

"Não vou falar detalhes, porque meu advogado pediu. Mas ela entregou a criança para um funcionário meu, o Macarrão, porque tinha que resolver problemas particulares. Mas posso dizer que quando a criança chegou eu estava no sítio, sim. Foi o meu funcionário que trouxe."

Eliza Samudio, de 25 anos, está sumida desde o dia 4 de junho. À polícia, amigos da ex-namorada de Bruno disseram que ela viajou do Rio de Janeiro para Minas Gerais a convite do goleiro, com quem se encontraria justamente no sítio do atleta, em Esmeraldas.

Desde a última segunda-feira, a Polícia realizou buscas no sítio de Bruno e também em sua casa no Rio de Janeiro. Durante as investigações, foram encontrados vestígios de sangue no sítio e no carro do Bruno, que foi apreendido dia 8 de junho.

As autoridades trabalham com a projeção de ter os resultados em mãos num prazo de 15 a 20 dias. Desta forma, poderiam dar um passo mais preciso na investigação. Por enquanto, Bruno não foi intimado pela Polícia a prestar depoimento.