Toma lá, dá cá

Um dia depois de Schweinsteiger ter dito que a seleção argentina era desrespeitosa e o gerente Oliver Bierhoff afirmar que os sul-americanos são "agressivos e provocadores", o lateral e capitão alemão Philipp Lahm manteve as palavras ríspidas de seu companheiros contra os adversários das quartas de final da Copa. "Bastian [Schweinsteiger] disse o que ele disse. Nós sabemos que os sul-americanos são impulsivos e temperamentais, além de não saberem perder."

"Agora nós vamos ver no sábado como eles vão perder e como vão reagir após essa derrota", provocou o capitão da seleção alemã.

Alemanha e Argentina voltam a se encontrar nas quartas de final do Mundial sul-africanos quatro anos depois de se enfrentaram exatamente na mesma fase na última Copa. Naquela vez, os alemães venceram nos pênaltis.

A guerra de palavras começou com Schweinsteiger. Maradona replicou perguntando se os alemães "estavam nervosos", e Philipp Lahm aproveitou para responder. "Não estamos nervosos. Há tensão antes de um jogo como esse, mas não nervosismo. Afinal, vamos jogar as quartas da Copa contra um dos favoritos."

O zagueiro Martín Demichelis minimizou as declarações. "O que ele disse foi um ato de nervosismo e respeito. Tenho certeza de que os alemães nos respeitam muito, ainda mais três meses depois de termos os vencido na casa deles [1 a 0 em amistoso]", disse o argentino. Criticado, Demichelis continuará no time. Maradona não deverá fazer nenhuma alteração em relação ao time que despachou o México nas oitavas de final. "Seria um pecado mudar [a tática] agora, com esses jogadores que temos", disse o técnico. Assim, Verón seguirá no banco de reservas.