Seleção brasileira não tem folgas

JOHANNESBURGO -- A seleção brasileira se prepara para disputar a sua quinta partida na Copa sem tirar uma folga sequer. Dunga decidiu enclausurar o time em um hotel dentro de um condomínio de luxo em Johannesburgo.

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O esquema fechado imposto por Dunga é o oposto ao usado pela seleção nas duas últimas Copas. Em 2002, Luiz Felipe Scolari sempre liberava os atletas depois dos jogos.

Em 2006, na Alemanha, Carlos Alberto Parreira também dava folga aos jogadores após as partidas. Em uma, antes da abertura da Copa, Ronaldo, Roberto Carlos e Dida foram fotografados com mulheres em uma boate de Lucerna, na Suíça.

A reclusão imposta por Dunga ao grupo é novidade. Ao chegar à África, o treinador prometeu dar folgas aos jogadores durante o Mundial, mas até agora nada.

"Na hora e no momento oportuno, quando a carga de trabalho estiver deixando os jogadores mais tensos, daremos folgas", afirmou Dunga, na sua primeira entrevista coletiva em Johannesburgo.

Depois da vitória contra o Chile, o treinador mudou o discurso. Dunga disse que o time precisa descansar a partir de agora. Ele também reclamou da suposta falta de privacidade que os jogadores vão ter a partir de hoje, ao deixar, nesta noite, a concentração. O local é um dos mais reservados da Copa.

Agora, os jogadores terão que dormir em hotéis reservados pela Fifa e conviver com o assédio dos hóspedes e dos torcedores.

A seleção está reclusa no hotel privativo em Johannesburgo há mais de um mês. Apesar de não dar folgas, Dunga liberou os jogadores para receber amigos e parentes durante a Copa, no hotel.

"Já consegui, sim, vi mulher e filho. Eles estão muito bem. Fiquei feliz de vê-los", disse o atacante Robinho.

Desde o dia 21 de maio, quando os jogadores começaram a treinar para o Mundial, em Curitiba, só houve duas folgas, ambas em Johannesburgo e antes de a Copa começar. Em uma, Dunga e Taffarel, que é observador, fizeram um churrasco.

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