No lugar de Kaká, Julio Baptista quer provar seu valor

DURBAN -- Ele foi o primeiro a deixar o Brasil para jogar no exterior. Com 12 anos, o meia-atacante da Roma excursionou pela Europa defendendo os Pequeninos do Jóquei, de São Paulo. Dezesseis anos depois, Julio Baptista já morou em Sevilha, Londres, Madri e, agora, na capital italiana.

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Cidadão do mundo, o único paulistano na seleção é a aposta de Dunga para substituir Kaká na partida contra Portugal, hoje.

"O Julio já jogou na Copa América nessa função [na ocasião, a seleção venceu o torneio]. O Kaká tem a explosão que poucos têm, mas ganhamos com o Julio no chute de longa distância", disse o treinador, ao justificar a opção pelo "internacional" Julio Baptista, que dificilmente voltará a jogar no Brasil.

"Não penso em voltar a jogar no meu país. Minha carreira está na Europa. Gosto de aproveitar as coisas boas de lá", disse o jogador, que já mora há sete anos na Europa.

Volante no Brasil, Julio Baptista tira proveito da força física para ter sucesso nos clubes longe do país natal. Logo na sua primeira temporada na Europa, em 2003, mudou de posição no Sevilha. Como atacante, ele foi vice-artilheiro do Campeonato Espanhol, perdendo apenas para o hoje corintiano Ronaldo, então no Real Madrid.

Substituto de Kaká, que foi expulso na última partida, Julio Baptista sabe que esse vai ser o mais importante dos jogos que disputou pela seleção. Será a sua primeira partida na Copa do Mundo. Pela seleção, será seu 47º jogo.

"Eu me sinto preparado. Trabalho muito para ter essa oportunidade", disse Julio, antes de saber que será mais uma vez o substituto de Kaká. No início da carreira no São Paulo, ele jogou várias vezes no lugar do craque do Real Madrid.

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