Fúria pressionada

Tido como o maior responsável pela derrota da então favoritíssima Espanha para a Suíça, o técnico Vicente Del Bosque assimilou o golpe e avisou que a pressão será uma injeção de ânimo para o time.

"Os jogadores estão acostumados à pressão. Eles preferem estas partidas de máxima intensidade", diz o treinador.

Após rever a partida de estreia, o comandante entende que a forma de a equipe jogar não deve ser modificada. A Espanha tentará ficar o maior tempo possível com a bola nos pés. O único pedido é para que os atletas tenham mais concentração e mais simplicidade nas finalizações ao gol.

"Não vamos mudar em nada a nossa forma de jogar, o que teremos que fazer é melhorar a pontaria", ensina Del Bosque, que prevê uma apresentação muito tensa.

"Vamos jogar futebol, mas não será fácil ganhar de Honduras. Tentaremos fazer o nosso jogo, tomar a iniciativa e pensar que não ganharemos a partida se não colocarmos o nosso estilo", avisa.

Sobre a equipe, o treinador deu apenas uma pista. O meia Iniesta tem dores na coxa direita e deve ser vetado. Mata e Busquets são os mais cotados para ficar com a vaga.

Além disso, atendendo ao desejo dos seus jogadores, o comandante vai apostar em mais um homem ofensivo. Assim, o atacante Fernando Torres entrará no lugar do meia David Silva.

Honduras usará a fórmula suíça para tentar continuar no páreo a uma das vagas deste Grupo H. A equipe manterá o esquema com apenas um atacante, Pavón, e a missão é não dar espaços para os espanhóis tocarem a bola.

O técnico Reinaldo Rueda, que volta ao banco de reservas, até desdenhou do rival. "O Chile foi o adversário mais difícil do grupo. Acredito que teremos mais espaços contra Suíça e Espanha."