Times pedem cancelamento do GP do Bahrein por medo

As equipes da F-1 querem que o GP do Bahrein seja cancelado, ou pelo menos adiado, em razão da crescente onda de violência e protestos contra o governo.

Um dos líderes do grupo das 12 principais escuderias, que não quis se identificar, afirmou que pilotos e equipes se sentem inseguros.

Na última sexta-feira, mais de 5.000 pessoas entraram em confronto com a polícia nas ruas de Manama, a capital bareinita, pedindo a libertação do ativista Abdulhadi al-Khawaja, preso por participar das revoltas.

Há mais de 60 dias, al-Khawaja entrou em greve de fome. Organizações não governamentais acusam as autoridades locais de violação dos direitos humanos.

"Acho que este não é o momento ideal para ir ao Bahrein, quando a situação está esquentando por lá", opinou o ex-campeão mundial Damon Hill à BBC.

No ano passado, o GP do Bahrein passou pelos mesmos problemas. A data da corrida foi adiada repetidas vezes até a prova acabar sendo cancelada.

Bernie Ecclestone, chefe da F-1, insistiu que a nova onda de ataques populares no país não faria com que a corrida fosse postergada.

O governo bareinita ofereceu garantias de que a F-1 não será atingida pelas revoltas.

Segundo Zayed Alzayani, diretor do circuito, a realização da prova contribui diretamente em R$ 400 milhões para a economia do país.

"Não sei por que estamos partindo para o debate político da corrida. Eventos esportivos são eventos sociais e gostaríamos que a prova permanecesse assim."

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