Valcke pede perdão após troca de farpas

Um dia antes da votação da Lei Geral da Copa, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, pediu desculpas ao governo brasileiro por ter falado que o Brasil estava mais preocupado em ganhar o Mundial do que em organizá-lo e que merecia "um chute no traseiro" para acelerar o andamento das obras.

Segundo Valcke, a expressão que causou toda a polêmica é corriqueira em seu país natal, a França, e não deveria ter sido traduzida ao pé da letra para o português.

O pedido formal aconteceu horas depois que o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, enviou à Fifa uma carta solicitando o afastamento de Valcke das negociações sobre a Copa do Mundo de 2014.

A carta contém alguns erros grosseiros. Rebelo incluiu o apelido Sepp no nome do presidente da Fifa, Joseph Blatter, e endereçou o documento à Lausanne, cidade-sede do COI (Comitê Olímpico Internacional). A Fifa fica em Zurique, também na Suíça.

O entrevero entre Fifa e governo repercutiu entre as autoridades brasileiras. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se manifestou a favor a decisão.

"Acho que o ministro não falou somente em seu nome e em nome do governo, mas em nome de todo o povo brasileiro e do nosso sentimento nessa intromissão indevida e grosseira da Fifa.

O Portal da Copa, site do governo federal, noticiou que o dirigente francês se desculpou "a qualquer pessoa que possa ter se ofendido com interpretações incorretas".

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