Confronto em estádio no Egito acaba com 74 mortos

Pelo menos 74 pessoas morreram e outras 248 ficaram feridas no Egito ao fim de uma partida de futebol em Port Said depois que centenas de torcedores invadiram o campo, segundo informaram as autoridades locais.

Fãs do time local, o Al Masry, invadiram o gramado logo após a vitória de 3 a 1 sobre o Al Ahly, do Cairo, principal time do país e seu rival histórico.

Torcedores da equipe local, começaram a atirar pedras, cadeiras e fogos nos fãs rivais. Houve confrontos entre as duas torcidas no campo.

Na confusão, os jogadores correram para os vestiários para tentar se abrigar.

A batalha causou pânico e tentativas de fuga das pessoas do estádio. A maioria das mortes ocorreu por esmagamentos e quedas nas arquibancadas, de acordo com os médicos.

A maior parte das vítimas sofreu fraturas na cabeça e hemorragias internas. Mas também houve vítimas por conta das brigas em campo.

Dos feridos, estima-se que cerca de 150 estejam em estado grave, com concussões e cortes profundos.

A confusão foi controlada com a chegada do exército, que depois escoltou a delegação do Al Ahly --que conta com o brasileiro Fábio Júnior dos Santos, 29 anos, autor do gol de seu time-- de volta ao Cairo, a 200 km.

"Isso é uma infelicidade e é extremamente triste. É a maior tragédia da história do futebol do Egito", disse o vice-ministro da Saúde, Hesham Sheiha. Já o presidente da Fifa, Joseph Blatter, também lamentou o episódio. "Esse é um dia negro para o futebol", afirmou.

Após o episódio, a partida entre Al Ismailiya e Zamalek, no Cairo, foi interrompida para homenagear os mortos. Mas torcedores do Zamalek, rival do Al Ahly, atearam fogo no estádio em protesto contra a paralisação da partida.

Os jogos do campeonato local foram suspensos, e o governo vai investigar as causas da confusão.