Contra desgaste e lesões, Peixe quase não faz treinos

Yohohama - A um jogo de conquistar o tricampeonato mundial, o Santos contabiliza o preço pago pela intensa temporada que disputou.

Neste ano, a equipe já jogou outros três torneios. Venceu dois que foram praticamente simultâneos --Paulista e Libertadores--, sem espaço para que a comissão técnica pudesse poupar.

• Barcelona massacra o Al Sadd
• Companheiros querem ganhar taça para Villa

• Leia mais notícias do Santos

Mesmo com vaga garantida no interclubes sul-americano, Muricy Ramalho abdicou de dar descanso para seus jogadores no Brasileiro.

No Japão, porém, a um só jogo do fim da temporada, a questão física preocupa. A equipe ontem nem treinou.

Apenas viajou para Yokohama a fim de ver o jogo do Barcelona. Entre os titulares do Peixe, cinco atuaram mais de 60 vezes no ano --o Barcelona tem 62 jogos em 2011, 13 a menos do que a equipe brasileira.

O goleiro Rafael é o que mais jogou, com 67 partidas. Atrás dele, com um jogo a menos, Neymar é justamente quem mais causa aflição.

Se o título mundial é tido como difícil em condições normais, com Neymar em má forma ele se torna quase uma miragem. A Joia, que, apesar de intensa maratona, não se lesionou no ano, deixou o estádio mancando e, praticamente de forma inédita, reclamando de cansaço.

Elano e Léo também viajaram baleados. O primeiro, recém-recuperado de contusão, só voltou ao time devido à lesão do volante Adriano.

No rival, as preocupações são parecidas. Guardiola deixou parte do time de fora para a estreia no Mundial.

"O calendário é apertado, com as seleções, muitas viagens, isso cansa no final", disse o lateral brasileiro Adriano, ecoando recorrente reclamação de Muricy.

Leia mais

• Santos bate o Kashiwa Reysol e está na final do Mundial
• Joia quer o Barça
• Posse de bola não preocupa
• Barça quer o bi
• Em alta, Nelsinho revê o Peixe