Romário mantém críticas e defende intervenção na CBF

Brasília - Cuidadoso ao mencionar acusações contra a CBF, o deputado Romário de Souza Faria (PSB-RJ) defendeu ontem que a Câmara investigue a entidade e que o governo federal indique um presidente-interventor para comandar o futebol no país até 2015, se for o caso, para então termos nova eleição.

"A partir do momento em que se comprove, legalmente, que existem coisas que estão totalmente fora da nossa legislação, eu tiraria o presidente da CBF [Ricardo Teixeira] e colocaria... O governo federal colocaria um presidente", sugeriu.

O presidente da CBF está ameaçado de ser expulso da Fifa se for comprovado que recebeu suborno.

Segundo reportagem da BBC, empresa jornalística estatal do Reino Unido, Teixeira teria recebido US$ 9,5 milhões (R$ 17 milhões) em propinas, o que ele nega.

Romário apoia a liberação de venda de álcool durante os jogos da Copa.

"Sou a favor de cerveja, mas com fiscalização forte da Fifa."

Indagado sobre Ronaldo --outro ex-colega de profissão-- ter entrado para o Comitê Organizador Local (COL) da Copa-14, o deputado disse enxergar "um conflito 100% de interesses".

Em seguida, contemporizou: "Pelo que eu ouvi, ele se desligaria de alguns determinados contratos que ele tem, que conflitariam com o COL."

Na opinião dele, o desligamento de Ronaldo de alguns negócios "não significa sair", mas "se desligar apenas desse momento".

O ex-jogador não poderia "assinar alguma coisa, se dependia da assinatura dele, porque realmente é uma coisa conflitante".