Presidente revela esforço de Ronaldo para levar Neymar

O presidente Luis Alvaro de Oliveira, 68 anos, disse que Ronaldo trabalhou ativamente para tirar Neymar do Peixe. O cartola revelou que o ex-jogador fez uma proposta, em nome do Real Madrid, no meio do ano.

"Ele virou empresário", disse Luiz Alvaro. "Naturalmente, ele queria ganhar dinheiro, está em seu direito."

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Para convencer Neymar a seguir no clube, o cartola reformulou seu contrato. Agora o atacante ficará com 90% dos ganhos de publicidade, o que pode fazer seus vencimentos ultrapassarem os R$ 2 milhões.

E usou de retórica. "Ele joga no clube em que cresceu e ama, junto da avó, dos pais, do filho. Para que trocar isso por um Real Madrid com um técnico temperamental? Há o risco de mandarem o Neymar cortar o cabelo, de exigirem que ele tenha que defender, que não possa driblar. Aqui ele joga como quer."

Como foram os últimos meses com a investida europeia sobre o Neymar?
Luis Alvaro de Oliveira - Começou em junho, durante a despedida do Ronaldo [amistoso da seleção ante a Romênia, no Pacaembu]. O Sandro Rosell, presidente do Barcelona, procurou-me. Depois, ainda em junho, uma pessoa, que eu prefiro não dizer quem foi, trouxe a proposta do Real Madrid. As pressões eram muito grandes, o dinheiro que se oferecia ao jogador era monstruoso. E quanto mais eu dizia não, maior era o apetite.

Como o Santos resistiu?
Luis Alvaro de Oliveira - Eu tinha de criar um diferencial competitivo para fazer face a um dinheiro que eu não tinha. Tínhamos de criar um situação que fosse suportável pelo Santos e atraente ao jogador. E no nosso grupo de gestão existiam membros mais conservadores.

Como os convenceu?
Luis Alvaro de Oliveira - Não foi nenhuma decisão técnica. O motor disso tudo foi uma convicção de que os intangíveis que o Santos conquistaria com a permanência do Neymar tinham um valor econômico difícil de ser mensurado, mas que era algo áureo para o clube. Apostei nesse discurso.

• Leia esta entrevista completa na edição impressa do Agora nesta quarta, 23 de novembro, nas bancas

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