Vencer
03/03/2018

Rodrigo Caio vive expectativa de convocação para a seleção

Alinne Fanelli
do Agora

Em sua oitava temporada na equipe principal do São Paulo, o zagueiro Rodrigo Caio já viveu de tudo. O camisa 3 jogou 264 partidas e viu muitos companheiros saírem e chegarem.

Ele continuou lá, sempre muito consciente do que quer para a sua vida. Depois de recusar mais uma proposta da Europa na intenção de realizar o sonho de jogar uma Copa do Mundo, Rodrigo comemora a melhora do sistema defensivo do Tricolor.
A equipe só levou gols em 4 de 12 partidas neste ano. Destas quatro, o jogador de 24 anos esteve em apenas duas.

"Eu me considero um dos jogadores principais. No ano passado, começamos a construir essa defesa sólida no momento mais difícil do clube", comentou ao Agora.

Rodrigo, que é dúvida para o jogo de amanhã, gosta do novo posicionamento da diretoria de futebol, mais aberta ao diálogo.

O zagueiro destacou que também sofreu na sequência ruim do São Paulo (três jogos sem vencer) e entende a impaciência da torcida. "Fora daqui, sou torcedor."

Agora - Você sempre foi bastante consciente sobre sua carreira, priorizando Olimpíada e agora Copa do Mundo...
Rodrigo Caio - Eu sempre deixei bem claro que a seleção pesou nas minhas decisões. Mas é a questão também que, por mais dificuldades que a gente passe, e eu passei por muitas aqui, eu me sinto feliz. Me sinto em casa, vejo o sorriso das pessoas, como elas me tratam. Isso é mais importante que qualquer dinheiro, que qualquer coisa. Claro que tenho objetivos, nunca escondi que meu sonho é jogar na Europa. Mas em primeiro lugar está minha alegria e eu sou muito feliz jogando aqui. Tenho um sonho que é jogar a Copa, vou buscar isso, vou me dedicar, lutar até o final, quando sair a lista. E depois eu vou pensar um pouco mais no meu futuro, no que vai acontecer.

Agora - Tem aquele friozinho na barriga já que tem uma convocação no dia 12?
Rodrigo Caio - Claro que fico ansioso, na expectativa. Mas tenho os pés no chão, para o sim ou para o não, o mais importante é fazer a minha parte e isso tenho feito. Ajudo meu time, dou meu melhor, treino muito forte e me preparo no dia a dia. Não só para ir à seleção, mas para mim mesmo, para me sentir bem, um jogador completo. O que tiver de ser, vai ser. Se for para ser convocado, vou ficar muito feliz. Se não for nesse momento, vou continuar trabalhando da mesma forma para quando chegar a oportunidade eu estar preparado.

Agora - Você se considera um alicerce do sistema defensivo?
Rodrigo Caio - Eu me considero um dos principais. A chegada de jogadores também faz com que a parte defensiva se fortaleça bastante. No ano passado, começamos a construir isso no momento mais difícil do São Paulo. E a gente conseguiu. Este ano, estamos com a principal ideia de fazer uma parte defensiva muito sólida para dar tranquilidade aos atacantes. Fico feliz de poder passar por esse momento. Hoje a gente evita gols e conseguir ficar oito jogos dos 12 no ano sem tomar gols é importante.

Agora - Quando você vê o time pressionado já no começo do ano, passa um filme na sua cabeça por tudo o que você já viveu?
Rodrigo Caio - Sem dúvida, sempre passa. Você sempre fica com aquele receio: 'Caramba, parece que estamos fazendo tudo certo e os resultados não aparecem'. E no futebol a gente sabe que o resultado muitas vezes esconde muita coisa. Fizemos bons jogos, tendo maior domínio e, infelizmente, não fizemos o gol, que é o mais importante. Aí a cobrança é cada vez maior, por tudo que a gente vem passando nos últimos anos, mas o mais importante é ter consciência de que o trabalho está sendo bem feito. Quando as pessoas me falam: 'ah, mas o time não vai'. Eu fico muito chateado, mas um pouco mais tranquilo porque estamos fazendo a coisa certa. Estamos treinando muito, nos dedicando bastante. Confiamos muito no treinador, na comissão, nos jogadores que a gente tem. Claro que o futebol é muito imediato, todo mundo quer que as coisas funcionem o quanto antes. A gente entende que a cobrança é grande. Mas nós que vivemos o dia a dia, que sabemos como é difícil, temos de analisar de uma forma diferente.

Agora - Mas é difícil pedir paciência à torcida...
Rodrigo Caio - Essa é uma palavra que a gente está evitando falar nos últimos dias porque entendemos o lado da torcida. Por mais que eu jogue, que eu esteja aqui dentro, fora daqui eu sou um torcedor também. Eu me coloco no lugar deles. Tenho um torcedor fanático em casa, que é meu pai. E às vezes ele diz: 'Filho, o que está acontecendo? Parece que não vai'. A gente tem de analisar de uma forma diferente. Temos de pensar que o trabalho é bem feito e que o time vai crescer. Claro que vamos alternar, fazer um jogo não tão bom, mas sempre com tranquilidade para que a gente possa seguir o caminho certo. Essa vitória [sobre o CRB-AL] foi importantíssima para nós para que a gente possa adquirir um pouco mais de confiança, trazer a torcida para o nosso lado e seguir assim.

Agora - Você e o Arboleda têm um bom entrosamento, apesar de você também ter jogado bastante com o Bruno Alves. A bola pelo alto é o ponto forte de vocês?
Rodrigo Caio - Isso é o mais importante, olhar para o nosso grupo e ver que estão todos no mesmo nível. Tivemos um levantamento que em três ou quatro jogos que a gente ganhou a primeira bola, fizemos o gol. Até mesmo contra o Corinthians, lembro muito bem. Eu ganhei do Kazim pelo alto, o Anderson tocou para o Militão, ele foi no Petros, do Petros voltou para o Militão, que cruzou para o gol do Brenner. É algo que a gente se cobra bastante porque temos boa impulsão, com o Arboleda um pouco mais alto que eu. A gente procura ganhar sempre essa primeira bola e cobramos o jogador de frente, para eles terem confiança que vamos ganhá-la.

Agora - O quanto é importante ter Raí e Ricardo Rocha na diretoria de futebol, abrindo um diálogo com vocês?
Rodrigo Caio - Eles nos ouvem bastante e isso é importante, porque tem de ter esse diálogo entre nós e a diretoria. A gente está no dia a dia, a gente convive com o treinador e é algo que a gente sempre fala: não podemos perder um cara desse. Correto, que sempre tenta fazer o melhor para o grupo e está fazendo um grande trabalho. Ele nos ajudou muito no ano passado, um ano muito difícil. Mativemos uma base, vieram alguns jogadores e tivemos uma pré-temporada muito curta, com atletas chegaram praticamente no final dela. Acabamos não tendo tempo para treinar. Então é difícil você ter uma evolução, jogando de quarta e domingo. Pode ter certeza que não é só da minha parte, do Sidão, do Petros, do Jucilei: todo o grupo tem muita confiança na comissão, no Dorival. A gente não pode garantir títulos, mas podemos garantir que a gente vai brigar, que a gente vai lutar, dar trabalho para todas as equipes em todas as competições.

Agora - Essa atitude da diretoria mostra que as coisas estão mudando?
Rodrigo Caio - Acho que sim, vejo dessa forma. Eles vieram para ajudar, para somar, com a referência que eles são e com a experiência que têm. Não tenho dúvidas de que vão colocar o São Paulo novamente como protagonista dentro e fora de campo. O futebol tem de ser assim, a gente está acostumado com treinador ser dispensado em três, quatro meses. E aí muita gente fala 'estadual é só para preparar para'. A gente sabe que não é assim. Muitos treinadores saem das suas equipes nos estaduais. O mais importante é a confiança, não só dos jogadores com o treinador, mas sim da direção com o treinador. Confiar que o trabalho está sendo bem feito.

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