Folhetim do campo

Após quatro eliminações em "A Fazenda", especialmente a de Theo Becker, que agitava o clima, os peões do reality da Record já mostram a que vieram. Há os que fazem o tipo mocinho, os galãs, os que não deixam claro a sua estratégia e até o núcleo cômico da atração, que teve média de 17 pontos na semana passada, a melhor desde a estreia, em 31 de maio. Até o último domingo, em enquete no site da atração, os preferidos do público eram Dado Dolabella - que escapou do último paredão com Pedro -, em primeiro, e Danielle Samambaia, em segundo. Corre por fora Pedro Leonardo. Bom moço e engraçado, ele é querido pelo público e pelos participantes.

Enquanto Carlinhos e Danni Carlos são os responsáveis pelos respiros bem-humorados da turma, o temperamento forte de Jonathan Haagensen vem criando inimizades. Miro Moreira tem se mostrado estrategista. Luciele ganha evidência com seus comentários sinceros, mas também não leva desaforo para casa. Irreverente e bonitão, Dado Dolabella é o queridinho do público, enquanto o status de musa ficou para Mirella e Mulher Samambaia. Ainda sentindo o clima, a novata Fabiana Alvarez está no seu canto.

De casa, telespectadores e amigos dos participantes os defendem. Para Guti Fraga, amigo pessoal de Jonathan Haagensen, o ator não merece a pecha de antagonista. "Não acho que o Jonathan seja o vilão. Ele sempre soube trabalhar em equipe. Mas o ser humano é uma panela de pressão com todos os sentimentos prontos para explodir." Pepita Rodrigues, mãe de Dado, também tem sua teoria. "As brigas nunca são provocadas pelo Dado, mas ele tem de se defender. O jeito de bom menino dele incomoda os outros."

O apocalíptico Theo analisa os colegas. "De bom coração só posso apontar o Pedro e o Carlinhos. A Luciele também é boazinha. O Jonathan fala pelas costas", diz. "A Luciele é carinhosa e educada, mas, se precisar, ela bate o pé", fala o irmão da atriz, Manoel Camargo. Maria Aparecida Dantas, mãe de Pedro, diz que ele foge de fofocas. Para o diretor do programa, Rodrigo Carelli, as tarefas do cotidiano influenciam. "Assim que um vilão é eliminado, outro se mostra naturalmente. São personalidades muito diferentes convivendo forçosamente." O pesquisador de televisão da USP Claudino Mayer concorda. "São pessoas lutando pelo mesmo objetivo. É natural que a cada semana nasça uma história inesperada."