'CQC' volta com tudo

Em time que está ganhando não se mexe. Essa máxima orientou a segunda temporada do "Custe o Que Custar", ou apenas "CQC", que volta hoje, na Band, ao vivo, às 22h15, após dois meses de férias. O elenco original de repórteres/humoristas, capitaneado pelo jornalista Marcelo Tas, está mantido: Rafael Cortez, Danilo Gentili, Oscar Filho, Felipe Andreoli, Marco Luque e Rafinha Bastos -estes dois últimos dividindo também a bancada com Tas.

"Tem uma coisa de 'time que está ganhando não se mexe', sim. Por enquanto, não precisamos de mais ninguém", resume Diego Barredo, coordenador da Cuatro Cabezas, produtora argentina responsável pela atração. "O 'CQC' é um programa que tem uma pegada cheia de testosterona, o ponto de vista é masculino", diz Marcelo Tas sobre a falta de mulheres no time. Mas não descarta uma rápida presença feminina. "Queremos que convidados façam participações. Por que não uma menina?"

O argentino Juan Jose Buezas assumiu a direção das cerca de 40 pessoas da equipe, no lugar de Barredo, que passou a ser o coordenador. "Pode ser que incorporemos alguém mais para a frente", diz o último. Candidatos não faltam. Por conta do sucesso do programa, ele diz que coleciona currículos. "Já me mandaram mais de 200 DVDs", afirma Barredo. Mas o que é preciso para ser repórter do "CQC"? Ele responde: "Essa estranha combinação entre humor, improviso, boa reportagem e, claro, ser uma boa pessoa. O resto quem diz é minha intuição".

Plateia maior
Se o elenco permanece com os antigos rostos, o cenário ganhou ares futuristas em 3D. A plateia passou de 180 para 300 lugares. "Vamos ficar mais perto das pessoas", afirma Tas.

A equipe do "CQC" também desenvolveu dez novos quadros para essa temporada, dos quais três estreiam hoje: "Fala na Cara", "Controle de Qualidade" e "Palavras Cruzadas", focados em políticos e celebridades. As gravações começaram há um mês e meio. Além das novidades, haverá a manutenção dos quadros "Proteste Já" e "CQTeste", sucessos em 2008. O primeiro é uma denúncia de mazelas da população, enquanto o segundo, um teste de conhecimento.

Jornalismo
Sobre o "CQC" ser ou não um programa jornalístico, Barredo é enfático: "Não me interessa se é jornalismo ou humor. Olhamos para a realidade com um olhar inteligente." Com humor ácido, o programa tem novas vítimas. "É certo que o senador Fernando Collor e o presidente do Senado, José Sarney, serão próximos alvos", conta Barredo.

Quando o assunto é o sucesso, o coordenador da atração é comedido: "Ocupamos um buraco que estava aberto na TV. Mas não me pergunte mais, pois não entendo bem de audiência". Para finalizar o papo, Tas avisa às meninas que sonham com seus repórteres: "Não recomendo ninguém."