08/04/2018

Carta para a mãe que trabalha

Cristiane Gercina
do Agora

Eu sei que você está sempre exausta e, às vezes, tem a sensação de que não consegue nem respirar. Você acorda todos os dias acreditando que vai ser diferente, que terá mais tempo e paciência com as crianças, mas a realidade é bem diferente: chove, há trânsito, os filhos choram e a ajuda, mesmo que exista, parece nunca ser suficiente.

E, ao final de mais um dia, você se sente cansada e derrotada. Pensa em desistir e levar uma vida mais leve, em que cozinhe todos os dias para seus filhos e não precise ficar presa aos horários de uma empresa ou de uma escola ou de uma babá.

Eu sei que tudo isso é sufocante e você pensa que não irá conseguir. Mas, não. Você vai dar conta. Por isso, siga em frente, se continuar com sua profissão é sua meta. E isso não quer dizer que as mães que deixaram o mercado de trabalho são mais corajosas do que você. Não. Vocês apenas fizeram escolhas diferentes.

Fique firme. Muito do que dizem sobre as mães que trabalham fora não é verdade. Você vai ver seu filho dar os primeiros passos, vai ver o primeiro dente nascer, conseguirá amamentar, vai preparar festinhas de aniversário, chorar no primeiro dia da escolinha e vê-lo se transformar em um pré-adolescente com sentimentos confusos.

Você vai conseguir cozinhar a papinha, vai dar fruta, viajar, compartilhar sorrisos, ler livros para dormir e acordar sorrindo em dias de sol. Você conseguirá fazer tudo o que todas as mães fazem e será a melhor mãe que o seu filho pode ter.

A única coisa que você precisa é acreditar. Acreditar que a medida do amor não está nas horas, mas no bem que você faz a você e a ele. Seja feliz!

Menino enfrenta monstros em livro

O livro "O Problema" (R$ 39,90, 48 págs., Matrix Editora), de Mariana Caltabiano, que será lançado na próxima terça-feira, fala com delicadeza sobre os medos das crianças e de como elas podem enfrentá-los.

O menino da história tinha um problema. Ele não conseguia conversar com ninguém.

E, sempre que tentavam falar com ele, o garoto via um monstro e ficava calado, paralisado de medo.

O livro quer ensinar crianças a tratarem de forma divertida as angústias da infância. As ilustrações são de Cauê Zunchini.

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Cristiane Gercina, 38 anos, é mãe de Luiza, 10, e Laura, 5. Graduada e pós-graduada pela Unesp, é editora-assistente de Grana do Agora. É apaixonada pelas filhas e por literatura.

Quer ver o desenho do seu filho publicado na coluna? Envie-o para o e-mail colodemae@grupofolha.com.br com nome completo e idade da criança, nome do responsável e celular do responsável.

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