Os caça-assassinos

O recém-lançado "Mindhunter" (R$ 39,90, 384 págs., Intrínseca) explica, com detalhes assustadores, como funcionava a mente doentia dos maiores assassinos em série da história a partir do relato de dois especialistas no assunto: o lendário investigador John Douglas e o premiado escritor policial Mark Olshaker.

Ao narrar a saga do primeiro caçador de serial-killers americano, o livro, de quebra, ainda inspirou uma nova série da plataforma de vídeos sob demanda Netflix –a primeira temporada estreia em 13 de outubro, dirigida por David Fincher (da produção "House of Cards").

Agente especial do FBI durante mais de duas décadas, Douglas se tornou um sujeito lendário no mundo do crime em uma época em que o jargão serial-killer (assassino em série) nem existia.

Com um estilo que lembra o do investigador Jack Crawford, do clássico filme "O Silêncio dos Inocentes" (inspirado por sua vez na série de livros do americano Thomas Harris), ele confrontou, entrevistou e estudou dezenas dos mais conhecidos e sádicos assassinos, incluindo Charles Manson (responsável pela morte da atriz Sharon Tate, mulher do diretor Roman Polanski, aos oito meses de gravidez), Ted Bundy (que torturou e matou cerca de 35 mulheres entre 1974 e 1978) e Ed Gein, que chegou a se vestir com a pele das pessoas que matava (em sua fazenda foram encontradas cadeiras revestidas de pele humana, tigelas feitas de crânios e órgãos e vísceras dentro da geladeira).

O livro comprova que a análise que Douglas faz de cada um dos assassinos em nada foi superada pela tecnologia usada em séries modernas como "CSI".

Vivian Masutti, 32 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras (português e francês) pela Universidade de São Paulo, onde também cursou a Faculdade de Educação e obteve licenciatura plena em língua portuguesa

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