Da bagunça à alegria

Eu e meus irmãos adoramos frequentar a casa dos nossos vizinhos Bia e Romulo. Muito convidativo, o apartamento deles era um eterno "a arrumar". Isso inclui as estantes de livros –que tentei, em vão, organizar. A primeira vez que fui lá, um olhou para a cara do outro e disse: "Baby, você explicou a ela que estamos mudando né?".

Na verdade, a mudança (inventada) era uma eterna desculpa para pilhas de papéis, velharias e discos misturados em cima da cômoda, entre o belo aparelho de chá do Romulo e o resto da casa. Até que o livro "A Mágica da Arrumação" (R$ 24,90, 160 págs., Sextante) acabou caindo nas mãos da Bia por acaso, fato que revolucionou sua mudança (desta vez real, que eles fizeram há duas semanas, para o bairro ao lado).

Como em todo bom livro de autoajuda, a japonesa Marie Kondo, guru internacional da arrumação, descreve diversos casos de sucesso e de fracasso. E é ao se identificar com eles que o leitor passa a ter vontade de fazer da mudança na sua casa o primeiro passo para uma revolução em sua vida. Primeiramente, é necessário descartar o que não usa mais: é logo aí que o Método KonMari ganha a simpatia do leitor. A regra não é jogar fora o que não serve ou o que está sem uso. A chave está em manter em casa apenas aquilo que dá alegria ao seu dono.

E, com "Isso me Traz Alegria - Um Guia Ilustrado da Mágica da Arrumação" (R$ 34,90, págs. 272), que acaba de ser lançado, tudo fica mais fácil. Nele, Marie aborda temas que ficaram de fora no primeiro livro e ilustra suas soluções, ensinando a melhor forma de dobrar roupas (como se fossem origamis), armazenar alimentos, organizar maquiagens e até envolver as crianças no processo. Só que, lá na casa da Bia, muitas coisas dão alegria ao Romulo. Ainda bem, né?

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