Noites em claro

Dois dos principais lançamentos do fim de 2014 e do começo de 2015 podem ajudar nas resoluções de ano novo dos leitores da coluna: ler mais nesta nova etapa que tem início agora.

• Confira capítulo do livro "Um Passo em Falso"

Quem ama os livros sabe muito bem que não é para dizer que leu, mas, sim, para desfrutar daqueles momentos nos quais as palavras proporcionam uma viagem aos lugares mais distantes e às situações mais diferentes.

Tanto "Um Passo em Falso" (R$ 29,90, 272 págs., Arqueiro), do best-seller americano Harlan Coben, quanto "Amaldiçoado" (R$ 29,90, 320 págs., Arqueiro), do jovem talento (também americano) Joe Hill, fazem a tarefa de virar as páginas parecer automática: as tramas, cada uma com suas características, prendem o leitor como só os bons livros de suspense.

Não à toa conhecido como o "mestre das noites em claro", Coben mostra que continua em sua melhor forma no policial "Um Passo em Falso".

A começar pela perspicácia irônica do herói, o ex-jogador de basquete e agente esportivo Myron Bolitar.

Na história, ele tenta ajudar Brenda Slaughter, uma atleta promissora, a encontrar o pai (também ex-treinador de Bolitar), que sumiu repentinamente. Entre um galanteio e outro, o carismático detetive se envolve em com uma teia de mafiosos e policiais corruptos.

Filho do escritor de terror Stephen King, Joe Hill bem que poderia compartilhar da definição de "mestre das noites em claro", mas por outro motivo. Herdeiro do talento do pai, o americano apresenta o melhor do horror em "Amaldiçoado", republicação de "O Pacto", lançado no Brasil em 2010 e que estava esgotado.

Na história, o leitor é apresentado ao que de mais sórdido há na alma humana, quando um protagonista, suspeito de estuprar e matar a própria mulher, acorda com chifres nascendo em suas têmporas. E o pior: ao vê-lo, as pessoas entram em transe e começam a confessar seus piores pecados.

Na obra, Hill –ganhador de dois prêmios Bram Stoker, o mais importante da literatura de horror– filosofa sobre a origem do mal. Mas, na sua ficção fantástica, por vezes se aproxima perigosamente do realismo de Harlan Coben.

Dinamarquesas lançam 2º livro de série policial

Escrito em parceria pelas autoras dinamarquesas Lene Kaaberbol e Agnete Friis, o livro "A Morte Invisível" (R$ 34,90, 320 págs., Arqueiro) traz a continuação do suspense de tirar o fôlego "O Menino da Mala".

Nela, a protagonista, a enfermeira Nina Borg, luta contra uma epidemia avassaladora.

Vivian Masutti, 29 anos, é jornalista formada pela Cásper Líbero e bacharel em letras (português e francês) pela Universidade de São Paulo, onde também cursou a Faculdade de Educação e obteve licenciatura plena em língua portuguesa. No Agora, é editora-assistente do caderno "Show!" - vivian.masutti@grupofolha.com.br

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