Israel aceita negociar acordo de paz com líderes palestinos

Israel cedeu ontem à pressão internacional para retomar as negociações de paz com os palestinos.

"Israel dá as boas-vindas à convocação para negociações diretas entre as partes, tal como propuseram o presidente Obama e o primeiro-ministro Netanyahu", anunciou, por meio de comunicado, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, citando o presidente dos EUA, Barack Obama.

No último dia 23, os Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e a ONU (Organização das Nações Unidas) pediram que israelenses e palestinos retomassem negociações em um mês e chegassem a um acordo até o fim do ano que vem.

O comunicado traz, ainda, pedido para que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, busque a conversa e não só o reconhecimento da localidade como Estado legítimo pela ONU.

Ao ser questionado sobre o comunicado, Nabil Abu Rdainah, porta-voz de Abbas, disse que, "para retomar as negociações, é preciso que Israel se comprometa a acabar com os assentamentos".

Na terça-feira passada, Israel anunciou a intenção de construir 1.100 moradias em Gilo, próximo a Jerusalém. A Palestina quer parte de Jerusalém como capital.

Protestos

Centenas de palestinos participaram ontem de manifestações na faixa de Gaza e na Cisjordânia em solidariedade aos presos que fazem greve de fome para protestar contra a situação precária nas cadeias israelenses.

As principais exigências dos palestinos são o fim das agressões e das penas de isolamento, mais flexibilidade no regime de visitas, além de outras reivindicações.

Na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, os manifestantes se reuniram na praça Al-Manara empunhando bandeiras palestinas e velas.

"A questão dos presos em Israel deve ser um assunto central abordado em futuros acordos de paz", disse um dos participantes dos protestos. Nas cidades de Tulkarem e Jenín, também houve manifestações.