Medo de que Grécia dê calote derruba Bolsas na Europa

Londres -- O aumento do temor de que a Grécia não consiga honrar suas dívidas e que coloque em risco bancos europeus fez os mercados financeiros no continente registrarem mais um dia de perdas.

A maior queda foi na França (4,03%). Na Alemanha, foi de 2,27%; no Reino Unido, de 1,63%.

O nível nas Bolsas europeias é o menor em dois anos. No pregão alemão, ações perderam o equivalente a um terço do valor em oito semanas.

Nos EUA, o índice Dow Jones subiu 0,63%. A Bovespa registrou leve queda de 0,17% e o dólar fechou ontem a R$ 1,71

O medo de um calote grego já existe há mais de um ano, mas houve novos motivos para intensificá-lo.

No fim de semana, Evangelos Venizelos, ministro das finanças do país, disse que a economia grega vai encolher 5,3% neste ano. A previsão anterior era de 3,7%.

Menos crescimento significa menos arrecadação, o que deixa o país com ainda mais dificuldades para pagar suas dívidas, que já ultrapassam o valor de seu PIB (Produto Interno Bruto).

Ontem, o governo da Grécia afirmou só ter dinheiro para pagar os aposentados e os salários de funcionários até meados de outubro e que precisará do repasse dos empréstimos acertados com a União Europeia.

Há ainda a desconfiança de que a Alemanha já prepara um plano de contingência para seus bancos enfrentarem o calote grego, dado como certo naquele país.

Bancos franceses

O que também afetou o mercado foi a ameaça de que agências de classificação de risco vão rebaixar a nota dos três maiores bancos franceses, expostos a títulos gregos.

Entre eles está o o PNB Paribas, cujas ações caíram 12,3%. As do Société Générale e do Crédit Agricole tiveram queda de 11%.

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