Acordo sobre dívida foi fechado, diz Obama

WASHINGTON --O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez ontem à noite um pronunciamento sobre a renegociação do aumento do teto da dívida dos Estados Unidos. Em cinco minutos, Obama declarou que o acordo será feito dentro do prazo, cuja expiração ocorre amanhã, e que "os líderes de ambos os partidos desejam o acordo".

O presidente também disse que o corte de gastos do país deve ser de US$ 1 trilhão (R$ 1,55 trilhão) ao longo de dez anos. No total, os cortes devem extrapolar US$ 2 trilhões (R$ 3,1 trilhões), em uma segunda etapa do plano ainda não detalhada. Tanto os republicanos quanto os democratas concordaram com a meta, segundo o presidente.

"Não concluímos ainda. Eu quero alertar os membros de ambos os partidos para que tomem a atitude certa e para que apoiem esse acordo", declarou o presidente, que também classificou como "devastador" o efeito de um possível calote do país. Após o comunicado, Obama saiu sem falar com os jornalistas.

O Senado deve votar a proposta já na manhã de hoje, segundo informou a Reuters.

Novela

O aumento do teto da dívida deve acontecer a fim de evitar que o país dê o calote em credores ou ainda faça cortes em pagamentos como os benefícios para os aposentados do país.

O impasse sobre um acordo durou por várias semanas nos Estados Unidos. Ontem mesmo,
antes do pronunciamento de Barack Obama, o Senado americano travou a tentativa do líder democrata, Harry Reid, de colocar sua nova proposta sobre o aumento do teto da dívida.

Na sexta, os senadores recusaram o plano republicano sobre o tema, que havia sido aprovado cerca de duas horas mais cedo pela Câmara de Representantes. A proposta, apresentada pelo presidente da Câmara, o republicano John Boehner, buscava elevar o teto da dívida americana para um curto prazo.