Novo presidente do México quer se aproximar do Brasil

Vitorioso na eleição presidencial mexicana do dia 1º, o candidato do PRI (Partido Revolucionário Institucional), Enrique Peña Nieto, 45 anos, disse que quer terminar com o clima de competição com o Brasil sobre temas de política regional.

"São os dois países mais importantes da América Latina e deveriam atuar de forma mais integrada na mediação de crises regionais", afirmou Peña Nieto, que bateu o esquerdista López Obrador por sete pontos (38,1% contra 31,6%).

O novo presidente diz que há equilíbrio na balança comercial dos países, mas afirma que há muito a ser feito com relação à integração política, cultural e mesmo econômica.

"Não me adiantaria a defender um acordo de livre-comércio agora, mas é um tema que mereceria ser discutido", afirmou.

Nieto também disse que a Petrobras é um exemplo de como abrir uma estatal ao capital privado. A abertura da Pemex (Petróleos Mexicanos) foi uma bandeira de sua campanha.

"O modo como o Brasil fez a abertura de capital de sua estatal petrolífera é um exemplo internacional", afirmou.

Ele disse que a presidente Dilma Rousseff o convidou para vir ao Brasil, o que Nieto deverá fazer ainda no período de transição -- sua a posse é em 1º de dezembro.

"Espero construir um bom vínculo com sua presidente.

O novo dirigente diz que as relações com a América Latina serão importantes em seu governo. "

É claro que a relação do México com os EUA, pela proximidade, tem muita importância.

São nosso principal sócio e temos políticas referentes a problemas comuns. Mas tem sido um erro menosprezar as relações com o resto do continente. Pretendo que o México olhe mais para o sul."