Sírios relatam mais mortes e EUA ameaçam punições

Dezenas de sírios morreram ontem em confrontos com forças de segurança do regime do ditador Bashar Assad. A agência de notícias France Presse cita 56 pessoas, a metade delas constituída por civis. As informações são atribuídas ao Observatório Sírio de Direitos Humanos. Na sexta-feira, ativistas relataram que pelo menos 200 pessoas morreram vítimas da repressão.

"Vinte e oito civis foram vítimas da violência: 23 na região de Homs (centro), dois em Daraya (subúrbio de Damasco) e três na região de Idleb (noroeste). Ao mesmo tempo, 28 soldados do Exército morreram: 14 na região de Idleb, sete em Houla (região de Homs), três em Zabadani (perto de Damasco) e quatro em Deraa (sul)", afirmou a France Presse.

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou ontem o veto de Rússia e China à resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a crise na Síria.

A dirigente advertiu sobre o perigo de uma guerra civil no país e ameaçou novas punições econômicas contra o país árabe.

Em entrevista coletiva concedida após uma reunião com o primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, a secretária de Estado disse que os Estados Unidos iniciarão uma série de consultas diplomáticas com parceiros de todo o mundo para aumentar a pressão sobre o regime sírio.

Segundo Hillary, o governo dos EUA trabalhará para estabelecer novas sanções regionais e internacionais contra a Síria e reforçar as já existentes.

"Trabalharemos para cortar as provisões de armamento para o regime sírio e faremos públicos os países que apoiam este regime de forma financeira", advertiu dirigente americana.

Grupo

Ganhou força ontem uma proposta para a criação de um "grupo de amigos da Síria democrática" para pressionar pela saída do ditador Bashar Assad do poder.

Lançada pela França, a proposta obteve apoio dos governos dos Estados Unidos e da Alemanha.