Bombardeio na Síria deixa mais de 200 mortos

No dia mais violento em onze meses de revolta contra a ditadura de Bashar Assad, forças militares sírias bombardearam anteontem a cidade de Homs, bastião da oposição, matando mais de 200 pessoas, de acordo com grupos ativistas.

Os ataques coincidiram com intensas negociações no âmbito do Conselho de Segurança (CS) da ONU para a adoção de uma resolução que pede que Assad ceda o poder a seu vice.

Ativistas acusaram as forças sírias de massacrar mulheres e crianças no ataque com morteiros e tanques em áreas residenciais.

O Conselho Nacional Sírio, grupo de ativistas baseado no país, colocou em 260 o número de mortos. Já o Observatório Sírio de Direitos Humanos, com base em Londres, disse que foram 217 mortos. Ambos dizem que os ataques fizeram centenas de feridos --o regime sírio impede o trabalho dos jornalistas, dificultando uma apuração independente.

O governo negou o ataque e afirmou que vídeos divulgados na internet com cadáveres foram montados.

ONU mantém ditador

Ontem, Rússia e China vetaram no Conselho de Segurança da ONU a adoção de uma resolução que exigia a saída do poder do ditador Bashar Assad. Os outros 13 membros votaram a favor.

Ativistas afirmam que o ataque aparentemente foi detonado depois que opositores atacaram dois postos de controle militares e sequestraram entre 13 e 19 soldados. Isso teria enraivecido os militares sírios.