Navio com 53 brasileiros afunda na Itália

Embarcação que pesa 114.500 toneladas e tem 290m de comprimento, parecida com o Titanic, começou a afundar na sexta-feira depois de ter batido em uma rocha e encalhado em um banco de areia próximo da ilha de Giglio; 38 passageiros estão desaparecidos

O navio de luxo Costa Concordia, que naufragou na noite de sexta-feira perto da ilha italiana de Giglio, matou ao menos três pessoas --dois turistas franceses e um peruano da tripulação.

Dentre os 4.229 passageiros, 53 eram brasileiros (47 passageiros e seis tripulantes). Os brasileiros foram todos resgatados com vida.

Cerca de 30 pessoas ficaram feridas e outras 38 não haviam sido localizadas --ontem à noite, um casal foi achado vivo dentro do navio, que pesa 114.500 toneladas e tem 290m de comprimento-- medidas parecidas com as do Titanic.

O Costa Concordia começou a afundar depois bater em uma rocha e encalhar em um banco de areia.

Segundo a primeira reconstituição do procurador da cidade de Grosseto, Francesco Verusio, o capitão se aproximou demais da ilha, fez uma manobra errada e o lado esquerdo do casco bateu. Em pouco tempo, entrou muita água.

O impacto aconteceu às 21h45 e não teria sido informado imediatamente.

Como o casco se rompeu, o navio continuou navegando até que a tripulação avisou à Capitania dos Portos que "entrava água" no barco.

A tripulação imaginou que poderia conter a emergência, mas, quando notou ser impossível, mudou a rota em direção à ilha de Giglio.

Para especialistas, a proximidade com o continente impediu que o acidente fosse pior.

O Costa Concordia estava seguindo uma "rota errada, não deveria estar naquele ponto", disse um técnico ligado às investigações.

O comandante do navio, Francesco Schettino, 52 anos, foi preso ontem, acusado de homicídio culposo múltiplo, naufrágio e abandono do navio enquanto passageiros ainda eram resgatados.

Segundo a imprensa, ele saiu da embarcação por volta das 23h30 de sexta (hora local). As últimas pessoas só partiram por volta das 3h de ontem.