Capa | Olá! | Zapping | Nas ruas | Grana | Trabalho | Dicas | Defesa do Cidadão | Editorial | Vencer | Show! | Brasil | Mundo | Máquina | Domingo é Show! |
Russomanno quer integrar as polícias Civil e Militar
Adriana Ferraz
do Agora
A corrupção policial será combatida com bons salários em um possível governo de Celso Russomanno (PP), 54 anos. O candidato ainda promete unir as polícias Civil e Militar para agilizar as investigações e elevar a taxa de casos solucionados.
- Avanço do crack impõe ação imediata
- Alckmin afirma que vai ampliar o 'bico oficial'
- Mercadante diz que cidadão terá o celular do policial
- Skaf promete desestruturar ações do crime organizado
- Transporte encerra série
Agora - O senhor diz que toda cidade paulista terá uma delegacia com delegado-titular. Como fará isso?
Celso Russomanno - Nós temos 3.600 delegados de polícia na atividade e temos 645 municípios. A maioria dos municípios de até 10 mil habitantes não tem delegado. Isso é falta de gerenciamento. Vou mudar essa organização.
Agora - O senhor vai aumentar o salário dos policiais?
Russomanno - O salário líquido de um delegado hoje é de R$ 3.600. Aí eu te pergunto: você segura o cara que está na linha divisória, entre o lado do bem e do mal, com esse dinheiro? O que acontece ele? Corrupção. A polícia mais corrupta do Brasil era a Polícia Federal. Começamos a desenvolver um trabalho na Câmara dos Deputados e tornamos todos os cargos da Polícia Federal cargos universitários. Hoje, o cara que ganha menos entra com R$ 9.000, como agente. A Polícia Federal se tornou a polícia mais eficiente e menos corrupta do país.
Agora - De quanto será esse aumento, tendo em vista o orçamento do Estado?
Russomanno - Até o final do governo, equiparar o salário paulista ao pago na polícia de Brasília.
Agora - O senhor pode dizer o valor?
Russomanno - Eu acho que o policial militar de Brasília está ganhando R$ 4.000. Mas não é só essa mudança. Vou integrar as polícias. No meu governo vai haver uma polícia só, com dois setores: investigativo e uniformizado. Porque aí você começa e termina o processo de investigação. Hoje, a Polícia Militar começa e a Civil termina. E temos de oferecer carreira ao soldado.
Agora - De que tipo?
Russomanno - O policial que chega soldado na corporação da Polícia Militar morre soldado. Não tem carreira para ninguém, só para o oficial, que pode virar coronel. O praça vai a cabo e pode, no máximo, se aposentar sargento. Se você não tem horizonte de crescimento na vida, por que você quer fazer alguma coisa de bom?
Agora - Como vai combater a corrupção dentro da polícia?
Russomanno - Pagando bons salários. O delegado hoje tá passando fome. Se você paga bem, você diminui a corrupção.
Agora - Como o senhor avalia o trabalho da Corregedoria?
Russomanno - O delegado que é corregedor tem que se aposentar como corregedor, porque se um dia ele voltar para a ativa ele está morto. No meu governo, o policial vai escolher ser da Corregedoria para poder punir com isenção.
Agora - O senhor é a favor da operação delegada?
Russomanno - Não, eu sou a favor de dar carreira para o policial. No meu governo, o cara que é investigador vai ser um dia delegado, o cara que é escrivão vai ser em dia delegado e o cara que é soldado vai ser um dia oficial. Também vou mudar os plantões. O policial, depois que descansou 12 horas, só vai trabalhar depois de outras 36 horas. É um turno muito longo. Ele poderia trabalhar antes e receber por hora extra.
Agora - Então no seu governo o senhor não vai incentivar essa atividade delegada o bico oficial com prefeituras?
Russomanno - Eu não vou incentivar bico com prefeituras. É obrigação do Estado a Segurança Pública. Não da prefeitura.
Agora - O senhor critica muito as estatísticas criminais. O Estado maquia os índices?
Russomanno - Maquia. Antigamente, uma pessoa que sofria uma lesão corporal seguida de morte era computada como caso de homicídio. Hoje, ela fica na estatística da lesão corporal, mesmo que tenha morrido depois da cena do crime, no hospital, por exemplo. Isso muda o resultado da estatística. Vou corrigir o sistema 
Agora - O senhor anunciou que vai obrigar os agentes penitenciários a passar por exames de sangue a cada seis meses para detectar uso de drogas. Essa medida não é discriminatória?
Russomanno - Os agentes pedem por isso, para que consigam separar o joio do trigo.
Agora - O que o senhor pretende saber com esse exame?
Russomanno - Eu quero evitar que o agente penitenciário acabe patrocinando a entrada de drogas dentro dos presídios para sustentar o seu próprio vício.
Agora - O fato de o agente ser usuário de droga quer dizer, na sua opinião, que ele é corrupto?
Russomanno - Quer dizer sim. É exatamente isso, é que você não convive lá dentro. A corrupção não é só dinheiro.
Agora - E o senhor vai punir esse agente?
Russomanno - Punir não, vou afastar.
Agora - O senhor também quer instituir indenização às vítimas. Os criminosos fariam esse pagamento?
Russomanno - Sim, em casos de crimes contra a integridade, crimes de estupro, crimes de morte. Quando dói no bolso, a pessoa pensa mais.
Agora - Depois de um período de calmaria, as unidades da Fundação Casa têm registrado muitos casos de rebelião. Por quê? Como o senhor vai tratar o menor infrator?
Russomanno - A Febem só mudou de nome. As rebeliões sempre existiram, mas agora são chamadas de ato de indisciplina. É preciso dar amor para essas crianças, ensinar alguma coisa para elas, fazer com que elas sejam percebidas como gente. Essas unidades funcionam como presídios.
Índice
22/03/2019
Casos de dengue triplicam na capital
Manchete da edição nº1 falava sobre investigação aberta contra Maluf, agora preso
Empresário é morto em tentativa de roubo no ABC
Serviço funerário é o pior da prefeitura, diz Bruno Covas
Represas em SP terão plano de ação para emergências
Em 20 anos, as lentes dos fotógrafos do Agora registraram a história
Agora completa 20 anos a serviço do leitor
Agora é campeão de vendas nas bancas do estado de São Paulo
Celebridades e figuras públicas parabenizam os 20 anos do Agora
Enxurrada mata mãe e filha em Bauru
21/03/2019
Café da manhã saudável deve ser a principal refeição
Remoção de grafite em prédio gera polêmica em São Paulo
Síndico deve se precaver caso o condomínio alagar
Gestão Doria demite 3 por carne de frigorífico interditado na merenda
Falta de informação prejudica visita ao Memorial da América Latina
Crianças de escolas públicas são barradas em shopping de elite em SP
Dengue se espalha no interior de SP; Bauru é a cidade com mais mortes
Total de mortes nas chuvas de verão aumenta em São Paulo
Falso médico é preso em Guarulhos por aplicar silicone industrial
Casal afunda em buraco no piso da própria casa em SP
Dupla usava site de vendas para aplicar golpes na capital paulista
Governo de SP usa carne de frigorífico interditado na merenda escolar
20/03/2019
Com ajuda de cão, PM apreende mais de 300 kg de drogas em Paraisópolis
Barrar agressores de tirar OAB é positivo, dizem especialistas
Covas quer conceder por R$ 1,1 milhão por 35 anos parque criado em 2016
Santo André tem dois casos de feminicídio em sete horas
Terceiro suspeito é detido e vai para a Fundação Casa
Covas quer dar anistia para os imóveis irregulares em SP
Alerta do Waze para áreas de crimes irrita moradores
19/03/2019
Bando rouba mercadoria apreendida pela prefeitura
Vítimas das enchentes ainda estão contando os estragos
PSDB fica na fila e consegue barrar criação da CPI da Dersa
Raul Brasil volta a receber alunos hoje após massacre
17/03/2019
Falta de informação prejudica visita ao complexo cultural
Memorial completa 30 anos com desafio de atrair público
Síndico deve se precaver contra alagamentos
Escola alvo de massacre é reaberta para professores
Meningite bacteriana é o tipo mais perigoso e pode até matar
16/03/2019
Polícia atendeu 69 ligações sobre massacre em Suzano
Após 4 meses, viaduto da marginal Pinheiros é liberado
ONG faz apelo para artista britânico grafitar a unidade
Polícia de SP apura sumiço de 600 kg de droga trocados por cal e madeira em delegacia
Congonhas ganha fila no desembarque
Justiça condena madrasta e pai pela morte de Bernardo
Bairros alagados demoraram 100 dias para limpar córrego
Terceiro suspeito de ataque é liberado após ser ouvido
15/03/2019
Escoteiros prestam homenagem a Samuel em cemitério de Suzano
eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).