Nas ruas
20/09/2010

Skaf promete desestruturar ações do crime organizado

Camila Brandalise
do Agora

O empresário Paulo Skaf (PSB), 55 anos, assume o compromisso de acabar com o crime organizado. O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) também promete reorganizar as delegacias do Estado.

Agora - Como o senhor vai combater o tráfico de drogas, especialmente o tráfico de crack?
Paulo Skaf - Não tem crack se não tiver cocaína, e a cocaína vem de fora. Temos o conceito da cidade segura, do Estado seguro. Esse conceito compreende a implantação de um sistema de comando e controle de tal forma que a segurança pública passe para as mãos do governo, e não fique como é hoje, solta nas mãos das polícia de forma totalmente desconectada e descoordenada. Além disso, é preciso implantar o serviço de inteligência, que compreende unidades com treinamento especial para rastrear o crime organizado, e o controle das divisas. Com isso, serão feitas operações cirúrgicas corretas.

Agora - Como vai acontecer o controle das divisas?
Skaf - Com o uso de tecnologia. Haverá unidades especiais, para que um caminhão de cocaína não entre no Estado. Hoje, ele entra desde que pague os pedágios. Se você puser 200 mil homens na polícia batendo a cabeça, desestimulados, com baixos salários, com concorrência entre eles, onde é que você chega? Em lugar nenhum. Vai precisar aumentar o contingente? Vai depender de primeiro aproveitar tudo que você tem com eficiência.

Agora - Quais são essas tecnologias que o senhor pretende implantar?
Skaf - Tem muitos tipos. Eu estive em Israel recentemente, em uma missão empresarial com o presidente Lula. Eu aproveitei e conheci muitas coisas. Há uma oferta de equipamentos que fotografam, que investigam. Há muito recurso tecnológico que você pode adquirir.

Agora - O senhor dará aumento para o policial?
Skaf - O policial de São Paulo não ganha bem. Existe essa PEC (Projeto de Lei Complementar) 300, onde o piso salarial seria de R$ 3.500, o mesmo pago em Brasília. Eu pretendo aplicar esse piso para o polícia civil e militar.

Agora - Quando o senhor poderá pagar esse salário?
Skaf - Durante os quatro anos do mandato. É um aumento estimado em torno de 38% e que deve ser simultâneo para todos.

Agora - Como o senhor vai fazer para desestruturar o crime organizado?
Skaf - O crime organizado existe por falha na segurança pública e pela ausência do Estado. Temos comunidades sem educação, sem escola, sem formação profissional. Como governador, você não vai ouvir falar de crime organizado dentro do nosso Estado. Nós vamos trabalhar mais organizados que o crime organizado.

Agora - O senhor vai reorganizar os distritos policiais?
Skaf - Sim. Na cidade de São Paulo, por exemplo, em alguns bairros, você tem mais de uma delegacia onde não haveria necessidade. Quando você organiza o que existe pode ser surpreendido e ver que está sobrando coisa. Depois que você se organizar, aí você complementa. Se precisar, haverá reforço.

Agora - Em quanto tempo o senhor fará essa reorganização?
Skaf - Tudo isso será feito no primeiro ano.

Agora - O senhor diz que dará compensação aos municípios com unidades prisionais. Como fará isso?
Skaf - Com escolas profissionalizantes. Onde tem o presídio deve ter uma injeção de educação mais forte. Não só na cidade, como também nos presídios. Como presidente do Senai, eu fiz convênio com o Conselho Nacional de Justiça, para oferecer telecursos dentro dos presídios, e formação profissional aos egressos de penitenciárias. Estou de acordo em fazer a compensação com foco na educação e na formação profissional.

Agora - O senhor vai construtir mais presídios?
Skaf - Todos os presídios estão com excesso de detentos. Em média, de 50% a mais. Não há trabalho de educação e estão misturados em graus de periculosidade, por isso se fala que a penitenciária é uma pós-graduação para o crime. Você tem que organizar essa coisa e, logicamente, se houver falta de penitenciária, você tem que planejar.

Agora - O senhor é a favor da operação delegada? Vai ampliar a atividade?
Skaf - Há controvérsias sobre a legalidade desse projeto, que me parece uma forma de oficializar bico.

Agora - Sobre o trabalho na Fundação Casa, como vai tratar o adolescente infrator?
Skaf* - Vou tratar com educação. A única forma de você tratar as pessoas é através da informação e do conhecimento, não tem outra forma. Só assim você dá oportunidades iguais.

Agora - Quando o paulista vai se sentir seguro?
Skaf - Todos os demais candidatos estão há 30 anos na política fazendo promessas. O que eu quero é que o paulista em qualquer canto do Estado diga que se sente seguro. Mas pra isso preciso de um voto de confiança.

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