Cores e protesto marcam a festa da Parada Gay

O tom sério de exigências por direitos políticos e a promessa de ausência de cores nos trios elétricos (que não foram todos em preto e branco, como havia sido anunciado) não tiraram a alegria e o colorido da 14ª Parada do Orgulho LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros), ontem, no centro de SP.

Neste ano, o tema foi: "Vote contra a homofobia. Defenda a cidadania". Cerca de 3 milhões de pessoas, em uma estimativa da organização, levaram cartazes pedindo para tornar crime a homofobia e manter a religião longe do Estado. "Nosso principal objetivo é pedir o fim da discriminação e dos assassinatos contra homossexuais", afirmou Alexandre Santos, presidente da Associação da Parada do Orgulho GLBT de São Paulo.

Algumas pessoas encararam horas de viagem apenas para aproveitar a parada, como o autônomo Nélio Morais, 35 anos, que saiu de Goiânia (Goiás) anteontem com cinco amigos. "É a primeira vez que venho [à parada] e, com certeza, voltarei no ano que vem", afirmou.

No total, 18 trios elétricos animaram a festa, a maioria tocando música eletrônica. Um carro em homenagem ao futebol lembrava a proximidade do início da Copa do Mundo, que começa na sexta. Repleto de drag queens de verde amarelo e com muitas bolas de futebol, o carro atraiu uma multidão que se vestiu com as cores do Brasil.

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