GCM anuncia sua primeira greve

Após tentativa frustrada de negociação com a prefeitura, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) da capital anunciou, no final da tarde de ontem, que entraria em greve. A paralisação por aumento salarial e melhores condições de trabalho foi marcada para começar à 0h de hoje. Segundo o sindicato da categoria, será a primeira greve, em 23 anos de existência.

Somente 30% do efetivo cumprirá carga horária nas unidades. Os demais GCMs estão convocados a se concentrar na sede do sindicato, no centro da cidade, para uma caminhada até a prefeitura. Os grevistas ameaçam parar o trânsito nas imediações do viaduto do Chá, a partir das 8h, até que o prefeito Gilberto Kassab (DEM) receba representantes do movimento e negocie com eles.

Ontem, o secretário municipal da Segurança Urbana, Edsom Ortega, e o comandante-geral a GCM, Joel Malta de Sá, chamaram representantes do sindicato para uma reunião com o objetivo de impedir a paralisação.

"Foi só estratégia para evitar nossa assembleia. Nenhuma proposta foi apresentada", disse o presidente do Sindguardas (Sindicato dos Guardas Civis Metropolitanos da Cidade de São Paulo), Carlos Augusto Sousa Silva.

Ontem à noite, durante assembleia que reuniu mais de 500 guardas --são 6.429, ao todo--, o comando da greve orientou que, durante a paralisação, sejam prestados apenas atendimentos de emergência médica. Só um carro ficará de plantão em cada unidade --se necessário, a população deve pedir ajuda à Polícia Militar.

Para os GCMs, a categoria quer ser respeitada. "A prefeitura tem dinheiro para dar gratificação aos policiais. Por que não pode aumentar nosso salário?", disse Edson Silva, 47 anos. Se acontecer, a greve afetará diretamente a fiscalização dos camelôs na rua 25 de Março. A Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a GCM pediram bom senso aos GCMs e dizem que tomarão medidas cabíveis no caso de greve.

100 Serviços

• Encontre um sindicato
• Denuncie irregularidades trabalhistas
• Veja todos os serviços sobre Trabalho