Nas ruas
16/07/2009

Falta até remédio para dor de cabeça em posto

Bruno Ribeiro
do Agora

O AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Maria Zélia, no Belenzinho (zona leste de SP) está com falta de pelo menos dez remédios na farmácia da unidade. Mas os pacientes que precisam de medicamentos só sabem se o remédio que procuram está ou não em falta após uma peregrinação por dentro da unidade.

A falta de remédios vai desde medicamentos de alto custo, para tratamento de hipertensão, a até remédios simples, como o analgésico AAS. Pacientes que buscaram esses remédios ontem de manhã na unidade voltaram com a sacola vazia. A Secretaria de Estado da Saúde nega a falha, mas não explica porque os pacientes saíram de lá ontem sem esses remédios.

A direção da unidade não informa de forma clara para os pacientes quais os remédios que estão em falta. Não há uma lista na porta da unidade, por exemplo, informando quais medicamentos não estão na prateleira da unidade. Assim, quem procura o posto tem de percorrer um longo corredor até a farmácia e entrar em uma fila de pré-triagem para só então saber se vai conseguir prosseguir com o tratamento médico.

Quando não há remédio, segundo os pacientes, a unidade entrega um papel com um telefone de contato da farmácia, com a orientação de ligar alguns dias depois para saber se o medicamento chegou. Aí acontece mais uma falha no serviço. O telefone fica ocupado o dia inteiro. A reportagem tentou ligar para esse número cinco vezes na manhã de ontem e outras duas vezes na parte da tarde. Em todas as tentativas, a linha estava ocupada.

Segundo pacientes ouvidos pelo Agora ontem, o quadro não é um problema recente. Um deles disse que a lista de remédios em falta sempre varia. "Às vezes não tem um, às vezes não tem outro. A gente tem de ficar insistindo. Consegui pegar um dos remédios que preciso hoje, mas não levei o outro. Esse que eu peguei custa R$ 70. Meu pai [quem na verdade usa o medicamento] usa um vidro por semana. Tem semana que não consigo pegar aqui e tenho de comprar", disse uma estudante de direito, que pediu para não ter o nome divulgado.

Espera
Tentar buscar remédios na unidade é garantia de perder pelo menos metade do dia. Quem não acha o medicamento que procura, tem de percorrer outros postos de distribuição de remédios da cidade. Quem acha, recebe uma senha e tem de ficar horas na fila. A farmácia fica no fundo do AME (que é uma clínica só para médicos especialistas, como cardiologistas e pneumologistas). A farmácia é uma sala com dezenas de cadeiras e quatro letreiros luminosos ao fundo. Um dos pacientes com quem a reportagem conversou tinha pego senha perto do número 3.450.

Naquele instante, os luminosos chamavam uma senha perto do 3.300. "Vou sair para comer um lanche, por causa da minha hipoglicemia, e depois eu volto. Senão vou passar mal aqui", disse.

Nenhum dos pacientes entrevistados quis se identificar. Todos diziam que, por ter de usar a farmácia sempre (para prosseguir o tratamento), tinham medo de represália.

A farmácia faz parte do programa Dose Certa, do governo do Estado, criado para distribuir medicamentos para pacientes atendidos pela rede pública estadual. Aquela unidade distribui 350 tipos de remédio, segundo a Secretaria da Saúde.

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