Nas ruas
19/05/2009

Estado dá livro com palavrão para aluno de 9 anos

Aline Mazzo
do Agora

Palavrões, textos com conotação sexual e preconceituosa e muitas frases de duplo sentido. Esse é o conteúdo de um dos livros enviados às escolas pela Secretaria de Estado da Educação para servir de apoio para alunos da 3ª série do ensino fundamental, com idade média de nove anos.

O livro é "Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol". Organizado por Orlando Pedroso, fala de sexo e futebol e foi comprado pelo governo José Serra (PSDB) para uso na rede. Mas a obra causou indignação entre os educadores.

Em uma das 11 histórias em quadrinhos, há a ilustração de um jogador enfiando o dedo no ânus de outro, dando a entender que ele é homossexual. Também há desenhos de homens segurando seus órgãos genitais e de mulheres praticamente nuas na praia.

O conteúdo sexual é reforçado pelos diálogos. Um personagem diz: "Eu vi as coxa das mina do Tchan" (sic). O outro responde: "Eu chupava elas todinha".

Frases de duplo sentido, como "Pra visitar sua mãe tem que pagar entrada?", permeiam parte das histórias.

Em Santo André (Grande SP), professores reclamaram para a Diretoria de Ensino. Houve também críticas de professores da zona leste e norte de São Paulo. No ABC, foi emitida uma circular pedindo o recolhimento do livro. O comunicado chegou na última quinta. "Não dá para mostrar isso nem para alunos do ensino médio", disse uma coordenadora que reteve o material.

Perplexidade
Especialistas ouvidos pelo Agora se mostraram perplexos com a indicação do livro para um programa de incentivo à alfabetização. "Uma coisa é ouvir o palavrão na rua. Outra é a escola endossar o palavrão. Oferecer um livro desse é dar a chancela de que isso é certo", critica Vitor Paro, professor titular da Faculdade de Educação da USP. Para ele, a criança de nove anos não tem personalidade formada para essas informações. "É pornografia."

Já a coordenadora do curso de psicopedagogia da PUC (Pontifícia Universidade Católica), Neide Noffs, aponta o apelo sexual vulgar e expressões contra a cidadania e valores que a escola deveria reforçar como principais problemas. "Não acredito que um educador tenha aprovado a compra desse material.

Hyrla Tucci, professora de história da educação da PUC, afirmou estar chocada. "Se eu estou assustada, imagine os pais quando virem o que era para ser lido por seus filhos.

O gerente de marketing da editora Via Lettera (responsável pelo livro), Roberto Gobatto, afirmou que apenas atendeu ao pedido de compra do governo (no valor de cerca de R$ 35 mil).

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