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Mulher engorda para fazer redução de estômago
Aline Mazzo e Lívia Sanpaio
do Agora
Um fora de um garoto em uma balada há três anos foi a gota d'água para que Natalia Dias Cesco, 24 anos, resolvesse emagrecer a qualquer custo. "Ele falou que eu era muito simpática, tinha um rosto lindo, mas era gorda. Eu fui para casa arrasada e decidi que um dia ele correria atrás de mim.
Poucos dias depois, ouviu do médico que não poderia fazer a redução de estômago por ter o IMC (índice de massa corporal) abaixo de 40 --e o plano de saúde não cobriria a operação. Tinha 123 kg. Seus pais comemoraram e disseram que não pagariam a cirurgia particular, à época em R$ 14 mil (hoje são R$ 20 mil).
Feitos os cálculos, ela viu que faltavam 12 kg. "Passei no supermercado e fiz uma compra de R$ 500 só de alimentos muito calóricos, como sorvete, massas e frituras.
A dieta de engorda de Natalia é uma rotina entre os que querem fazer a operação pelo convênio, mas estão abaixo da "nota de corte" --o IMC 40. Para isso, extrapolam na alimentação até atingir peso suficiente para entrar na faca.
Quem não tem plano, mas está com o mesmo quadro, tem de recorrer ao SUS --e 3% morrem sem nunca serem operados. "Não podemos dizer que a cirurgia está sendo banalizada. O SUS precisa operar mais, é um problema grave de saúde pública", afirma o gastroenterologista da Unicamp José Carlos Pareja. "Uma mulher gordinha e bonita acabou de sair do meu consultório. Mas ela só pensa em ser magra. As mulheres colocam isso acima de tudo.
Para o endocrinologista Marcio Mancini, presidente da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), a cirurgia não visa chegar ao peso ideal. "O objetivo é que o paciente deixe de ser obeso mórbido perdendo no mínimo 50% do excesso e mantendo a perda por no mínimo cinco anos. Isso é sucesso.
Uma ideia na cabeça
Apesar da oposição familiar, Natalia estava com ideia fixa. Dobrou o número de refeições e turbinou o cardápio. "Era ao menos um pote de dois litros de sorvete por dia, muito chocolate, castanha, coxinha.
O resultado foi rápido: 11 kg em 28 dias. Natalia comeu tanto que foi internada três vezes com dores no estômago.
No dia do retorno, faltava 1 kg. "Tomei muita água e pus chumbinho de pescaria no absorvente, caso tivesse de tirar a roupa e pesar." Deu certo: a cirurgia foi marcada para dali a um mês. Nesse período, ela precisou manter o peso.
"Aí eu senti o que era ser obesa mórbida. Não subia as rampas da faculdade, minhas roupas não serviam mais.
O pós-cirúrgico foi terrível. "Via minha mãe comer e chorava, achava que nunca mais comeria na vida", conta. Em seis meses, lá se foram 45 kg do corpo de Natalia. Mesmo assim, ela não se via magra.
Com bulimia e anorexia, a universitária precisou da ajuda de psicólogo e nutrólogo. Decidiu-se que ela deveria fazer plástica. "Fiquei tão magra que não me reconheciam.
A compulsão pela comida migrou para o consumo. Natalia comprou 60 pares de sapato e muitas roupas. "Podia usar tudo, não conseguia me controlar." Também se envergonhava quando diziam que estava mais bonita. "Nunca tinha ouvido isso antes.
A calma só veio no ano passado, quando começou a namorar um aluno de medicina. "Ele me ajudou a controlar os gastos e a ansiedade.
Com 67 kg a menos, ela comemora as conquistas diárias. "No ano passado usei biquíni pela primeira vez." Quanto ao rapaz que lhe deu um fora, ela voltou a vê-lo, mas ele não a reconheceu. "Acho que sou outra pessoa mesmo.
Estima-se que o país tenha 3 milhões de obesos mórbidos e 30 mil cirurgias por ano --só 1 em cada 10 delas pelo SUS.
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