Controlar é suspeita de vazar dados sigilosos do Detran

A Controlar, empresa responsável pela inspeção veicular ambiental em São Paulo, é suspeita de vazar dados sigilosos do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), como nomes e endereços de proprietários de veículos.

A prefeitura abriu em julho uma sindicância interna para averiguar o caso, que consta também da ação do Ministério Público, que pediu o cancelamento do contrato.

A Justiça determinou que a prefeitura faça nova licitação em 90 dias e bloqueou os bens do prefeito Gilberto Kassab (PSD), do secretário do Verde e Meio Ambiente, Eduardo Jorge (PV), e de funcionários públicos e diretores das empresas citadas.

A Controlar tem acesso aos dados do Detran porque os veículos que não passam pela inspeção veicular ficam com o licenciamento do ano seguinte bloqueado.

Porém, o Detran informou que não repassa dados de seu banco de dados à Controlar e que essa utilização, se ocorre, é indevida.

Os promotores têm em mãos um termo de confidencialidade para acesso da Controlar aos dados do Detran que teria sido assinado por ex-delegado do órgão.

Esse policial não tinha, segundo a Promotoria, competência para o procedimento.

O Detran informou que o caso será investigado internamente. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que, se for comprovada essa irregularidade, o documento será cancelado.

O Detran fez um novo termo para que a Controlar só tenha acesso a dados necessários. A prefeitura analisa.

A Secretaria do Verde disse que a investigação em relação aos supostos vazamentos de informação sigilosa é um processo rotineiro.

A Controlar e o secretário Eduardo Jorge não se manifestaram.