Prefeitura atrasa poda até de ordem urgente da Defesa Civil

Não são apenas os pedidos de poda de árvores feitos pelos cidadãos que demoram para ser analisados e atendidos pela prefeitura, sob a gestão Bruno Covas (PSDB).

Até mesmo solicitações consideradas urgentes pela própria Defesa Civil, aquelas que colocam em risco os moradores da capital, demoraram, em média, dois meses para ter uma resposta no ano passado.

Em alguns casos, o serviço foi realizado depois de quase 11 meses, conforme levantamento do Agora.

Nos relatórios do Canal 156 da prefeitura, pedidos de remoção de galhos e troncos feitos pela Defesa Civil são considerados urgentes, como solicitação interna dos próprios funcionários da administração municipal.

São casos em que a queda da árvore é um risco iminente e, por isso, o serviço precisa ser realizado logo.

Mesmo assim, nem todos são atendidos.

No ano passado, de cada dez casos, só oito tiveram resposta até o início de 2019.

Na média, levou-se 64 dias para o trabalho ser finalizado.

Resposta

Em 2018, diz a gestão Bruno Covas (PSDB) 51.090 solicitações foram feitas pela população para serviços em árvore em área pública na Central SP156.

"Caso constado a necessidade de remoção ou poda, as equipes das subprefeituras têm o prazo de 180 dias para realizar os serviços. Em caso de risco eminente, o prazo é de 72 horas", diz.

A Defesa Civil do município de São Paulo afirma, em nota, que realiza poda ou remoção apenas em situações de risco iminente.

Neste ano, com auxílio dos drones, o órgão está com intensa ação. Nas outras situações, a subprefeitura é a responsável pelo manejo.

Em 2018, 89.668 árvores foram podadas e outras 11.671, removidas.

"O trabalho das 100 equipes é realizado em parceria com a concessionária Enel devido aos galhos em contato com a fiação".

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