Em 10 anos, 169 viadutos e pontes ficaram sem reparos

Nos últimos dez anos, a Prefeitura de São Paulo realizou obras de manutenção em 12 das 185 pontes e viadutos que existem na capital.

Outras quatro intervenções foram feitas no mesmo período, mas em caráter emergencial, para reparar estragos causados por incêndio ou colisões de veículos.

A falta de manutenção das estruturas viárias ao longo dos anos ficou evidente em relatório elaborado por técnicos da prefeitura que apontou "risco iminente de colapso" devido à péssima condição de manutenção de seis pontes e viadutos, entre eles, as pontes Cidade Jardim, Cidade Universitária e Eusébio Matoso, na zona oeste, por onde circulam até 10 mil veículos por hora no horário de pico da manhã, o período mais movimentado.

As seis estruturas viárias citadas de forma alarmante em ata de reunião se juntam a outras dez que foram consideradas em iguais condições e, por isso, de acordo com engenheiros da gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB), demandam uma vistoria imediata e detalhada para apontar as deficiência e, assim, realizar as intervenções necessárias.

Resposta

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), a Secretaria de Obras tenta realizar laudos estruturais em 33 pontes e viadutos desde 2017.

A pasta atribui a dificuldade de contratação ao abandono do projeto pela gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), e a questionamentos do TCM (Tribunal de Contas do Município), que barrou duas licitações.

Ontem, decisão do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo determinou que pontes e viadutos pertencentes ao DER (Departamento de Estradas de Rodagem) dentro dos limites municipais devem ter manutenção feita pela prefeitura.

A medida visa evitar situações como a que ocorreu nas obras de recuperação do viaduto que cedeu na marginal Pinheiros em novembro.

Por ter sido construído pelo órgão estadual, houve jogo de empurra por mais de 20 anos.

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